CENPA-055~04 |
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-4- Em face disto, nos não temos outra alternativa senão afirmar que a FJEELIMO nao reconhecerá qualquer referendo ou consulta no qual nao par ticipe completamente e com todas as garantias,e que nao seja arbitrado por uma organização independente. 0 Discurso do Presidente do Conselho português confirmou as»' - sim abertamente o que temos dito ao mundo acerca do colonialismo português. Com efeitos 1-Portugal nao reconhece o direito dos povos de Africa à Au-, to-detrminação. 2-Portugal nao crê e não respeita os ideais democráticos que os paises ocidentais dizem serem as bases do pacto de defesa,a OTAN. 3-Portugal goza do auxílio de -um grande numero de potências ocidentais que, parecem interessadas na exploração das riquezas naturais e humanas de Africa. 4-Portugal está servindo-se da OTAN para consolidar os seus próprios interesses e manter os seus previlégios económicos. 5-PortugaJ^ está disposto a sacrificar o nosso povo para defen der um sistema arcaico de Governo, 6-0s Estados Unidos da América, a Grande Bretanha e a França, esforçam-se ,ainda por defender o Governo de Portugal, quando todos os Estados da Africa já decidiram apoiar-nos integralmente na luta que estamos travando contra o colonialismo português e pela nossa completa Independência Nacional. Perante esta situação a FRELIMOt - Afirma a sua resolução de prosseguir o combate de libertação até à Independência total de Moçambique,por todos os meios e da maneira mais eficaz e rápida. -Encoraja o povo Moçambicano a desenvolver o combate libertador, no interior de Moçambique,a unir-se cada vez mais e melhor no seio da da FRELIMO,e a manter uma vigilância constante perante as manobras do colonialismo português. -Torna claro para todos que a libertação de I oçambique será completa e que a sua orientação e desenvolvimento socio-economicos serão determinados pelas aspirações e necessidades reais e objectivas do povo moçambicano,que tem vindo a sofrer?há já bastantes anos, sob a escravatura e a dominação estrangeiras. ^-Exprime a sua gratidão a todos os $£tados Africanos pelo apoio que dao à luta de libertação Nacional do povo moçambicano,e congra- tula-se com a formação do Comité de Libertação criado pela Organização da Unidade Africana em Addis-Abeba, e cujo fim é ajudar os paises africanos nao independentes a libertarem-se do jugo colonial. -Congratula-se com o auxílio desinteressado de todos os povos do mundo amantes da Paz que desejam contribuir de qualquer forma possi- vel,para a Liberdade do nosso povo. -Deplora profundamente a posição de potencias ocidentais tais como os Estados Unidos,a Grande Bretanha e a França,perante o colonialismo português. INDEPENDÊNCIA OU MORTE ! 0 COMITÉ CENTRAL DA FRELIMO Dar-Es-Salaam,.26 de- Agosto de 1963
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Title | CENPA-055~04 |
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Full text | -4- Em face disto, nos não temos outra alternativa senão afirmar que a FJEELIMO nao reconhecerá qualquer referendo ou consulta no qual nao par ticipe completamente e com todas as garantias,e que nao seja arbitrado por uma organização independente. 0 Discurso do Presidente do Conselho português confirmou as»' - sim abertamente o que temos dito ao mundo acerca do colonialismo português. Com efeitos 1-Portugal nao reconhece o direito dos povos de Africa à Au-, to-detrminação. 2-Portugal nao crê e não respeita os ideais democráticos que os paises ocidentais dizem serem as bases do pacto de defesa,a OTAN. 3-Portugal goza do auxílio de -um grande numero de potências ocidentais que, parecem interessadas na exploração das riquezas naturais e humanas de Africa. 4-Portugal está servindo-se da OTAN para consolidar os seus próprios interesses e manter os seus previlégios económicos. 5-PortugaJ^ está disposto a sacrificar o nosso povo para defen der um sistema arcaico de Governo, 6-0s Estados Unidos da América, a Grande Bretanha e a França, esforçam-se ,ainda por defender o Governo de Portugal, quando todos os Estados da Africa já decidiram apoiar-nos integralmente na luta que estamos travando contra o colonialismo português e pela nossa completa Independência Nacional. Perante esta situação a FRELIMOt - Afirma a sua resolução de prosseguir o combate de libertação até à Independência total de Moçambique,por todos os meios e da maneira mais eficaz e rápida. -Encoraja o povo Moçambicano a desenvolver o combate libertador, no interior de Moçambique,a unir-se cada vez mais e melhor no seio da da FRELIMO,e a manter uma vigilância constante perante as manobras do colonialismo português. -Torna claro para todos que a libertação de I oçambique será completa e que a sua orientação e desenvolvimento socio-economicos serão determinados pelas aspirações e necessidades reais e objectivas do povo moçambicano,que tem vindo a sofrer?há já bastantes anos, sob a escravatura e a dominação estrangeiras. ^-Exprime a sua gratidão a todos os $£tados Africanos pelo apoio que dao à luta de libertação Nacional do povo moçambicano,e congra- tula-se com a formação do Comité de Libertação criado pela Organização da Unidade Africana em Addis-Abeba, e cujo fim é ajudar os paises africanos nao independentes a libertarem-se do jugo colonial. -Congratula-se com o auxílio desinteressado de todos os povos do mundo amantes da Paz que desejam contribuir de qualquer forma possi- vel,para a Liberdade do nosso povo. -Deplora profundamente a posição de potencias ocidentais tais como os Estados Unidos,a Grande Bretanha e a França,perante o colonialismo português. INDEPENDÊNCIA OU MORTE ! 0 COMITÉ CENTRAL DA FRELIMO Dar-Es-Salaam,.26 de- Agosto de 1963 |
Archival file | Volume30/CENPA-055~04.tiff |