A DIVISÃO DOS MOÇAMBICANOS EM VARIAS CLASSES
O governo português dividiu o povo raocacibicano em cinco classes para
impedir a ^nidade e a Cooperação dos africanos. Eis as classes:
Assimilados Instruidos, Assimilados gouco Instruidos, os Régulos 9 os
Chefes das Povoações, e os náo Assimilados. Essas classes trabalham unas
contra as outras conforme as instruções neocolonialistas do europeu.
Esssa divisões formaram um obstáculo vivo para impedir a Unidade e a
Cooperação dos moçambicanos»
Os Assimilados instruidos desprega» todas as outras classes do pais e
procuram separar-se delas | ajudam os europeus a desgraçar o povo porque eles sao chamados os1nao indigenas! Os Nao Assimilados, desanimados,
trabalhão, contra aquela prixaeira classe e contra os Régulos e os Chefes
das Povoações; os assimilados pouco instruidos nao sao amigos de nenhuma das outras classes da divisão e assimap^ cinco classes fazem uma manobra contrariada Unidade e va Cooperação do ^ovo. Essa falta da Unidade
do Povo da"lugar ao $mm  prolongamento do eoloniàismo e do imperialismo
na Africa. Mas quem sao os assimilados? 0 que quer dizer assimilação?
Os africanos que querem ser cidadãos portugueses, ou melhor, o africanos
obrigados a ser cidadãos portugueses, juntam os seus documentos
de Nascimento,Habilitações e o Certificado do Casamento dos Pais» Requerem ao Director da Concervacao dos Registos Civis de Moçambique junto os
Documentos acima mencionados. 0 requerente pede para ser incluido no feegi
Registo Civil de Moçambique.
E mmmÈm  nesse Departamento onde o africano d feito cidadão português
ou Assimilado, nao indígena; recebe um bilhete de Xn** Identidade diferente da Caderneta Indígena que os náo assimilados recebem nos Postos
Administrativos ou na Circunscrição Administrativa» 0 africano que tiver
de fazer assim ja' fez a Assimilação ou a Cidadania, é digno de algumas
responsabilidades no pais, fica mais respeitado do que o resto do povo,
e «ritHnteiriw contado como civilizado, e obrigado a separar-se de resto
do povo.
0 assimilado tem o dever de defender o governo português, procurando os
que tentam fazer contra o governo português e ajudar todos os europeus.
Mas bà  uma outra razão que insiste o^africano, mesmo sem ser obrigado,
a çequerer para I cidadania. E a facifeade de arranjar serviço dentro do #
pais e o vencimento uu; pouco razoável'. A0s serviços do governo apenas
o assimilado tem direito do Abono da Familia alem do vencimento melhorado.Os problemas do Assimilado/ sao directamente tratados na Administração °ivil e os filhos dele sao automaticamente cidadãos portugueses.
0/ assimilado/ naoy recebe palmatórias, e julgado pouco mais ou menos
como (europeu mas e muito mais castigado quando for descoberto de que
falava da independência do pais.
Nao ha' nenhum africano çnsai que quer ser assimilado mas o Regulamento do
governo português obriga m  todos 03 irmãos que se instruiram.a ser, assimilados para poderem ocupar uma boa posição no serviço, para/ educar*os
seus filhos e para se^eeffianiwà do Regulamento dos Serviçais Indígenas
estabelecido* em 1S44 que ainda se mantém ate'hoje.
igora vamos fixar na cabeça esses pontos muito mais perigosos das Consequências do COaO^IALIcKO.
(i) fijf da população moçambicana e Analfabeta. Em 1958-1959 o Liceu Sala-|
zar em Lourenço Marques tinha 1,157 alunos mas apenas 35 deles eram afri
canos filhos de assimilados porque muitos destes so podem mandar os seus
filhos xas Escolas uomerc:ais e Industriais onde as propinas sao mais baratas.
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