CENPA-159~17 |
Save page Remove page | Previous | 17 of 39 | Next |
|
small (250x250 max)
medium (500x500 max)
Large (1000x1000 max)
Extra Large
large ( > 500x500)
Full Resolution
All (PDF)
|
This page
All
|
Loading content ...
II Congresso da FRELIMO--17 Os problemas que seguiram a formaçáo do Exército da FRELIMO, especialmente depois do desencadeamento da luta armada, são muitos e por isso não me disponho de tempo suficiente para os analisar com'a devida minuciosidade aqui'neste discurso.^ Mas, apesar-de falta de tempo, acho necessário apresentar tré.s dos problemas mais importantes do nosso Exército, talvez típicos dos problemas de todos os exércitos de libertação nacional. 0 Primeiro e' o da estruturação central de todo o corpo militar nacional que controla e dirige todas as forças. Ás vezes esse corpo çhama-se Alto Comando, Concelho Superior Militar, ou Quartel General, etc. 0 problema que se poe aqui é: como estruturar a chefia suprema do exe'rcito de tal maneira a produzir o máximo efeito possível contra o inimigo. • Em segundo lugar se nos apresenta o problema da coordenação das forças armadas, problema que se põe mesmo depois-"de se resolver o primeiro. Dirigir uma luta armada, baseada na táctica de guerra dè guerrilhas, fazendo com que todos os elementos invol- yidos, sejam eles indivíduos que actuam isoladamente, pequenos ro,u grandes destacamentos de soldados armados ou de milícias, ê-um problema-que.preocupa os líderes de todos os exércitos do •mundo. 0 terceiro- problema que considero também muIt"ò"s:érioé o de abastecimento das forças armadas com todo o tipo' de equipamento de—que necessitar. ' : "': '"" ----• Como se pode notar pela ordem em que apresentei estes problemas, há uma sequência hierárquica na sua importância, que também sugere que a sua solução total ou parcial requere que se siga a mesma ordem. A nossa experiência durante os últimos três anos e meio de luta em Moçambique, indica que sem um corpo de comando central não sé pode coordenar com eficácia as várias forças que operam em tantos pontos distantes do nosso país. Da mesma maneira nâo se pode resolver o problema de abastecimento num exército que nao tem nenhuma coordenação ou cuja coordenação deixa muito a desejar. ..... Durante os primeiros dois anos depois do desencadeamento da luta em Moçambique, o Exército da FRELIMO nao tinha uma estruturação de comando central, excepto no nível do Departamento , de Defesa e Segurança, chefiado por- um secretário como qualquer outro departamento da organização. Como consequência disto, o trabalho de controlo, coordenação e abastecimento fazia- -se sem definição de responsabilizes certa e clara. Em outras palavras, o Exército da FRELIMO existia e operava sem um corpo de comando central, por isso sem secções especializada*; 0 chefe do DSD, como secretário de departamento, se preocupava por todos os detalhes do trabalho militar. De vez em quando delegava a sua autoridade a um ou outro dos seus colegas militares, mas sem uma permanência de responsabilidade'que podesse garantir o mínimo de regularidade. Enquanto as forcas guerrilheiras fossem muito poucas e'a sua acção fosse fraca"
Object Description
Title | Segundo Congresso da FRELIMO - Discurso oficial do Comitê Central, [1968?] |
Description | Second Congress of FRELIMO - Official Address of the Central Committee. Contents: A estruturação dum Corpo Executivo da FRELIMO (p. 2); Funções e responsabilidades do Comitê Central (p. 7); Criação de organisações políticas no interior (p. 8); O estabelecimento do exército da FRELIMO (p.10); A contribuição da OUA na luta de libertação moçambicana (p.13); Centralização da administração na FRELIMO (p.19); A educação e cultura nacional (p. 21); Problemas financeiros e econômicos da FRELIMO (p. 27); Relações exteriores (p. 28); Problemas de informação, publicidade e propaganda (p. 30); Sumário e conclusão (p. 31); Resolução sobre a reconstrução nacional [p. 33]; Resolução sobre a luta armada [p. 35]. |
Subject (lcsh) |
Nationalism -- Mozambique Self-determination, National Mozambique -- History Portugal -- Politics and government -- 1933-1974 |
Geographic Subject (Country) | Mozambique |
Geographic Subject (Continent) | Africa |
Geographic Coordinates | -18.6696821,35.5273356 |
Coverage date | 1961/1967-05-25 |
Creator | Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) |
Publisher (of the Digital Version) | University of Southern California. Libraries |
Date created | ca. 1968 |
Type | texts |
Format | 38 p. |
Format (aat) | speeches (documents) |
Language | Portuguese |
Contributing entity | University of Southern California |
Part of collection | Emerging Nationalism in Portuguese Africa, 1959-1965 |
Part of subcollection | Mozambique Collection |
Rights | The University of Southern California has licensed the rights to this material from the Aluka initiative of Ithaka Harbors, Inc., a non-profit Delaware corporation whose address is 151 East 61st Street, New York, NY 10021 |
Physical access | Original archive is at the Boeckmann Center for Iberian and Latin American Studies. Send requests to address or e-mail given. Phone (213) 821-2366; fax (213) 740-2343. |
Repository Name | USC Libraries Special Collections |
Repository Address | Doheny Memorial Library, Los Angeles, CA 90089-0189 |
Repository Email | specol@usc.edu |
Filename | CENPA-159 |
Description
Title | CENPA-159~17 |
Filename | CENPA-159~17.tiff |
Full text | II Congresso da FRELIMO--17 Os problemas que seguiram a formaçáo do Exército da FRELIMO, especialmente depois do desencadeamento da luta armada, são muitos e por isso não me disponho de tempo suficiente para os analisar com'a devida minuciosidade aqui'neste discurso.^ Mas, apesar-de falta de tempo, acho necessário apresentar tré.s dos problemas mais importantes do nosso Exército, talvez típicos dos problemas de todos os exércitos de libertação nacional. 0 Primeiro e' o da estruturação central de todo o corpo militar nacional que controla e dirige todas as forças. Ás vezes esse corpo çhama-se Alto Comando, Concelho Superior Militar, ou Quartel General, etc. 0 problema que se poe aqui é: como estruturar a chefia suprema do exe'rcito de tal maneira a produzir o máximo efeito possível contra o inimigo. • Em segundo lugar se nos apresenta o problema da coordenação das forças armadas, problema que se põe mesmo depois-"de se resolver o primeiro. Dirigir uma luta armada, baseada na táctica de guerra dè guerrilhas, fazendo com que todos os elementos invol- yidos, sejam eles indivíduos que actuam isoladamente, pequenos ro,u grandes destacamentos de soldados armados ou de milícias, ê-um problema-que.preocupa os líderes de todos os exércitos do •mundo. 0 terceiro- problema que considero também muIt"ò"s:érioé o de abastecimento das forças armadas com todo o tipo' de equipamento de—que necessitar. ' : "': '"" ----• Como se pode notar pela ordem em que apresentei estes problemas, há uma sequência hierárquica na sua importância, que também sugere que a sua solução total ou parcial requere que se siga a mesma ordem. A nossa experiência durante os últimos três anos e meio de luta em Moçambique, indica que sem um corpo de comando central não sé pode coordenar com eficácia as várias forças que operam em tantos pontos distantes do nosso país. Da mesma maneira nâo se pode resolver o problema de abastecimento num exército que nao tem nenhuma coordenação ou cuja coordenação deixa muito a desejar. ..... Durante os primeiros dois anos depois do desencadeamento da luta em Moçambique, o Exército da FRELIMO nao tinha uma estruturação de comando central, excepto no nível do Departamento , de Defesa e Segurança, chefiado por- um secretário como qualquer outro departamento da organização. Como consequência disto, o trabalho de controlo, coordenação e abastecimento fazia- -se sem definição de responsabilizes certa e clara. Em outras palavras, o Exército da FRELIMO existia e operava sem um corpo de comando central, por isso sem secções especializada*; 0 chefe do DSD, como secretário de departamento, se preocupava por todos os detalhes do trabalho militar. De vez em quando delegava a sua autoridade a um ou outro dos seus colegas militares, mas sem uma permanência de responsabilidade'que podesse garantir o mínimo de regularidade. Enquanto as forcas guerrilheiras fossem muito poucas e'a sua acção fosse fraca" |
Archival file | Volume36/CENPA-159~17.tiff |