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ia Wú > PÁGINA 8 / t/e*-** íee t**o PORTUGAL DEMOCRÁTICO Manifesto dos ^democratas de Moçambique írigido à população Os Democratas do Moçambique aprov. itam a presente data do Cinquentenário da Implantarão da Ke- púbhoa om Portugal pira aprescn tar o seguinte protesto o reclamações COnlni o redimo politico de Sa- Todos os anos, tanto aqui. como na Motro(iolo ou noutros pontos .lo território nacional, os democratas t.m tentado comemorar ■ data «lo 5 uo Outubro de 11»10, como implau- tacão do regime republicano t de mocrático oin Portugal. O actual Uovorna.lor tíeral o todos os anteriores ivpr.-scntantes do reyinie Vigente, que aqui governai am. srmpic proibiram, rio lonas repulsiva o ini-o;isi<W-rante o sob a ameaça da intervenção tísica da autoridade, toda o qualquer inaiuícs- lagbO pr.pna o iequ<uria |H»r tão ciando e Significativa data nacional Unicamente, o regime vignte. pa- ra justiíuar a sua I>-i Kunriamen tal como m.n« quem a histórica «las constituições inonarco-liberais e da Constituição Kcpubhi-una rio 1911. se tom permitido |. minar a data de 5 de Outubro, ora impondo aos seus funcionários a cerimonio de cumprimenta* ao Governo, ora fechando. i>or Ironia, os olhos as simples romagens prcatadoo pelos republicanos aos muitos da República. O ano passado 1900 , quando os republicanos o democrata» <ie .Moçambique quizeram comemorar a data de 5 do Outubro, com a aliks, recatada Cerimonia do um ai mo<.t> entre correligionários, o Governo, quo até a modesta e silen- ciosa romagem aos mortos sem; re obrigou a pivoerier de autorização cíuial proibiu, j*-la pessOO do actuai Governador, aquele reposta pacitico o arrugo sob a omoota da intervenção da i>olicia, assim como cortou na censura à imprensa ainda directamente peia acção p«*s soai do mesmo (ievernador - todos os escritos meramente rioutri n*rios o noticiosos do significado da implantação da República. Tem sido esta uma atitude arbitrária o insólita quo nte encontra apoio na próprio I>"i Fundamental do regime de Salazar, nem iMiece aos democratas de Moçambique quo ceda à mera CCndtttO de condescond. ncia, de cortesia e rio civismo por estes até aqui seguida Jlaja vista que tal regime, que invoca neste momento, em nome de Portugal, as suas est.citas re luçòes com a Africa do Sul. Rode- sias e brasil, lecha radicalmente w.", olhos à idriv.i libi-rdar»- i> gudes países' vizinhos o á Tranca lri> rdade demot rátiea do fiais limão. No Brasil não hã policia secreta politica, nern ernsura â imprensa; na Africa do Sul o Kodésias, embora vigoro um racismo oficial ou prático e (erto jxdiciamento politico o censura, é pei mitufaT em grande extensão, a liberdade de pensamento, de expressão o de reu nião, como o demonstram exuberantemente a sua imprensa (quer europeia, quer nativa», os comícios, reuniões, existência de partidos e reclamações politicas sotiro os assuntos mais arrojados fia sua situação, interna ou externa, •» sobre a crise actual africana. Se o regime vigente não ccontn apoio na sui própria \a"\ Funda mental, nem cede As mais ordeiras e cívicas reclamações politicas e sociais dos democratas portugueses, assim como não segue o exemplo de liberriade dos ]>alses arnl gos. — o regime de Salazar nâo o meramente autocrático o oposto «o democrático implantado om Ti de Outubro de 1910; o leglme que vigora é poder cstrutmalmente discricionário que assenta na força tia faliria seereta . t\;> arbitrariedade da censura k imprensa, aprosor.t.-.n- dO-dB como "caso único em lodo o Mundo", não pelo sentido mistificador que lhe atribuem os sequa zes de Salazar, mas sim porque ê utn regime do fnrça m «lo opiv-ssâo nacional! Por Jsso, os democratas de Moçambique, como antite e radical de tal regime, aproveitam esta grande e significativa data da Implantação da Republica Democrática) om Portugal para grilar bem sito o seguinte protesto: - Ainda que vigoro a presente Constituição «té a vontade do povo i>ortugues (sem distinção do ra- Ças ou «lo qualidades) se fazer ou vir para- ditar outra cm moldes democrático.'». repudiam»»*, com vigor, e declaramos, em nome da la herdade «• dignidade humana, o re gim* vigente poder discricionário o ilegal <le opressão e de torça. |*»r as» Miai praticamente, não na sua pr..pua Constituição, mas na força «:.« pelaria o na arbitrariedade da ivnsura à imprensa: Consequentemente. reclamam ainda os I>emocratas de Moçambi qur quo: 1> —Seja abolida, par completo, a intervenção directa e alx-rta do Gooetmo nos assuntos da vida privada e po lítica dos cidadãos. aCMbaM do, assim tom a pratica |h> licial do violação d., domicilio o nunspanib líiis. 2» - Seja abolida a existência da Policia politha se.r.-tu m domestica IPIDE», por ser ilegal m con: i ai ia ã índole pacifica o ordeira do povo portuguos, europeu ou nativo; 3» Seja abolida a censura, ih gal o arbitrária, a imprcn 00 e a toda a actividade intelectual portuguesa, a qual *ó tem contribuído para manter a população local num cego e sup rstirioso atraso, na ignorância, con fusão o dosactualiziçáo do* problemas picsona-s; 4) -- Sejam imediatamente posto* em liberdade ou anistiado* todos os presos politico*, sem distinção de raças. <o.i vic ção. jolitica ou cr. do re ligioso; 5» - Seja proibida e julg.oLi nula e do nenhum efeito a prisão sem culpa formada, assim como a exj»ulsão sumaria p administrativa dos cidadãos do qualquer raça. relativamente à aimpies matéria de «rodo politico; 6» - Seja aboli.» i e julgada nula o de nenhum «-feito a pr.. tica legislativa avulsa do |*> der executivo o administra livo contraria aos próprios principieis constitucionais do regime vigenle; 7) - Seja aboliria a intervenção politica, administrativa *• policial do Governo na vida e Iniciativa M-onAmk^i d» minoria europeia o sociedi- dt indigen.i, de forma a fa «•ilitar a criação e • strutura ção efectiva duma nova so ciciado multiracial em Mo çambiquo; 8) -- Soja, por isso. suspensa ime diatamente a motiiliz^ição. |>ani Moçambique, de forv;as da poliria politica secr-ta. substitulndo-as pilo envio. da Metrópole o do eslran goiro, em Larga escala, d#> capitais o maquinaria, assim como pelo proteção e ali xilio do serviço publim a toda a população branca ou de cAr que aqui vive o trabalha; 9) - Seja rovogaili. pela mesma razão o fins tinia a legislação de condicionamento eo- mercial, agrícola o industrial,, que, tornando dependente de autorização a mais Insignificante iniciativa ei-o nõmica o profissional, iui|ie- de a criação o «lesenvolvi- mento duma vida económica e social local o p[..pr;a tio Moçambique; IO. Consequentemente, e para engrandiiimento integral ». efectivo ih' Moçambique, se. Jam tornados extensivos a todos os in.bviduos de qual quer raça. naturais ou residentes etn MiK.ambique. i Igualdade, proteção, reco- nlui Imcnlo o gozo in-ondi- diconal de todos os direito. humanos, civis o poli ticos, 1 previstos, até. na própria Constituirão tio rogiim» vi Rente, sbolindo-ae, assim, a distinção lesultanlc «los estatutos uii regulam.-nlos es periaio contrários àqueles principios o «os gerai* . uni versaij. dos direitos do Ifo- m« m e >iti Ci<1 adao o.\|»r« sw»s na Carta das NacAes Unidas, a que 1'oitugal oderta! . aqueW- pi..lesto o estes <»oz artigo* de reclamação quo os Democratas de M«».ambiquc opõem, como verdade unira •■ deassombeada, ã "comemoraç .o de fachaila. j oh ciai e oficial, que o tlowrno. este ano, ImpAs |iara o 5 de « Nitunm. esperando qu,. <» povo dr Moçam bique veja n. sta prodamayâo patriótica o democrática, exposta, .» meio justo, eficaz e elevado do se .' me mui ar .. t'.nquenienái n> da Im plantação da ll.pública Umirrii- ti<-:i em Portugal A BEM DA NAÇÃO. DA PA TRIA. 1>A i.ii;r.iM).\ld: E l»A I>1í;MI;Ai'K III MANA. i-iss.) Os democratas de Moçambique Moçambique, :> de < Mitubro de iw MOVIMENTO PRó-ANISTIA Para » ustear as despesas de des- !.-. ação do Delegada brasileiro ft Europa, recebemos mais as seeuni- tes mipoitãni ias: Transporto do n. anterior 12 570.50 Um Grupo de benkjcra* tis dr Neomrk »USA> 6 475,00 Anónimo . 200,00 Total: 19 245,50 IVilini <-> : todos Í..S HA- 1 I stnante-í |Ul nau venham 1 lecch.tiil iMiinn TICO. n Al fav rogiilarmonte 1 DEMOCRA- ur o> no-lo 1 coniunic; rom por escrito. 1 a fim de pie poss iniosto- 1 tnar as n • Ce ssan: n provi- 1 1 déneias j inl 1 de < pu-ni do 1 direito. GRUPO DE PORTUGUESES DEMOCRATAS NA INGLATERRA Todo» 111 anti-fascistaa que desejarem pôr-»e em contacto com o GPDI devem dirigir-se ao Sr. José Mariít Sampaio, 374, GRAYS INN ROAD W. C. I. — TnL: TERMINUS 1078. OFICIO DE TREVAS" Já em todas as boas livrarias, o livro de p M-mas do nosso companheiro d.- relação CARI.CS MARIA DF ARAÚJO Não so p.,r solidariedade para rom este companheiro, mas nln da pela qualidade lírica de seus poemas a. ..nsdh.inios o Leitor a adquirir OFICIO I>K REVAS Be vine I, itor d.- PORTUOAI. DEMOCRÁTICO, noa morar numa ajrande ridu<te. p4*ça. por r.i-mlx.lso nuatal, OFICIO HE TREVAS, .,u,-r para a EditAra Livros de Portugal «Rua d» Al- íándeRa. m Rio de J:uielro), OJUer para ., nossa Rednçáo. OFICIO |)F TREVAS è ilus trado pilo consagrado desenhador brasileiro ClóTls tlnwiano QUANDO SALAZAR PRENDE Acreditamos que no Brasil já não pode haver ingénuos que proclamem as exí—léncias da paternal ditadura de Salazar; mas, ie ainda existisse um. He o teria deixado de s»r. há dias. quando o chefe do governo luso fascista negou, através da : ua embaixada no Rio de Janeiro. ! o "visto" ao advogado brasileiío António Alberto Sabóia Lima, para se deslocar a Luanda, capitai de Angola. Que irime t. rá rometido o nosso compatriota, para não poder :-.'.(i.i.çar unia terra onde imperam as violências salazaristas? Com efeito, o dr. António Alberto Sabóia Lima tão somente se preparava para cumprir uni dever e. ao mesmo tempo, a ordem que lhe transmitira a sicção brasileira da Comissão Internacional de Juristas, a fim de. como simple.' observador, acompanhar um processo em que estão envolvidos eetca de 50 opositores ao regime fascista, residentes em Angola. O advogado i>ortunués Manuel João da Palma Carlos deveria ter aaiumulci a defesa du* H presos, mas o yoverno de Lisboa não lhe per- ni.tiu que embarrasse para Luanda Foi então OU ca Comissão Inter- nitoinal de Juristas recorreu para a sua serçáo brasileira, que indicou o dr Sabóia Lima Mas Salazar vetou! Como se vé. e assim que funciona a Comunidade Luso-Brasileira. Do lado do noveino luso fascista, só há atuaçáo quando lhe convém. E é este o primeiro resultado concreto da viagem do sr. Juscehno Kubi- lacbek a PortugalI Será que Brasília pretenderá ir ainda mais longe com ,s obtusos acordos que assmou com o senil e fanático ditador de Santa Comba? Foi pronoiM iaitdo se sobre outro ftniíiilo ria momentosa questão que "O Estado de Sao Paulo" indicou, recentemente, que "ao Congresso cí.herá 'urncir .,., rlamorosas falhas do tratamento de extradição (pie. sem nuuor.s cautelas, o pr.sul.nte Juscehno Kuhitschek assinou jri.ta.nente (oin o rttefe de Estado de Portuual. 1 ratado que já está sei.do veementemente condenado pelos mais eminentes juristas brasi- letroo" D.- f 1 1 devi atertar-sc a opinião publi a, para nue es,a Iar?l aluar, jior seu turno, os parlamentares, deles reclamando que rejeitem os tratados lunominiosos Já sabemos que Salazar só cumpre quando lhe interessa. (jUe nao respeita acordos internacionais, nem tampouco as normas acertas p<>r todos os povos civilizados, no que concerne, por exemplo, aos pré** políticos. O -visto" recusado ao dr. Sabóia Lima é elucidativo de ranu o repugnante ditadoí de Portugal entende cultivar a Comunidade Luso-Brasileira! Por outro lado. o incidente registrado com o refugiado politico qur peíittl abrico ao -r N.-urão de Lima. em Lisboa, de novo porá É prova ., respeito do sr £;ilazai e seus assei las policiais, relativamente ao direito de asilo Manuel Sena. líder das juventudes operárias católicas, esteve pir loucos meses asilado na Legação de Cuba, mas já que as relações diste pais com o uovêino luso-fascista não são as melhores, r« solveu procurar outro asilo. Contrafeito, o embaixador do Brasil em Li: boa não t.ve outro r.-inedio que na íó>se o de albei ear o foragido, tão realmente perseguido politico que havia sido juleado, com outros, num dos "tribunais" d., rreime luso-fascista As coisas foram tão lon- ge. porem, (pie o sr Negrèo de Lima já não pode recuar garantindo a vida e a liberdade de Manuel Seira. Que, ao menos, rolncados entre a espad.». e a parede. os nossos repr.-sentantes se portem à altura que lhe.-, deve impor o nome e a dignidade do Brasil» Finalmente, duas notas -ainda sobre o covérno paternal mstituidu há mata (if trinta anos em Lisboa: o Bispo do Porto recusou entrai em Portugal, depois de loimamcnte o ditador lhe ter impedido o acesso, e so voltará à sua diocese se Ih.- derem todas as garantias! Do um governo que se diz ( atóliro. tudo fica dito Outra noticia que novamente sublinha a interferência dos agente» totalitários de Salazar na vida brasileira foi a insólita manobra do cot Mil '.uso fascista em Recife (pie moveu influências e personalidades sem v rgonna, para que impedissem o General Humberto Delgado de falar :.uni programa de televisão, que para tal convidara o lider por- tnenés O asseHa de Sala/ar na capital pernambucana chama-se Pinto Mi.ch-.rio e pouco antes da sua inqualificável atitude fora recebido na Assem.>:éia Legislativa do Estado de Pernambuco - o que dá a ideia exa*a de rotnn manejam a faca de dois gume* os policiais totalitários Os deputados Francis, o Julião. Luiz Franca e Andrade Lima protestaram violenta e indienadamente rontra a intromissão do consul-espião, mas devera arr.s. etit ar se (pie a opinião pública brasileira não tolerará (pie incidentes com.» este se repitam, em detrimento da nossa soberania, ji guc as ações dos agentes de Salazar, nesta circunstância, são inad- rússi.eis, desde que praticadas á revelia das nossas tradições e contra o funcionamento normal das Instituições democráticas brasileiras. (Da Rexlsta "Anhembi". Outubro de !%•)/ CONHEÇA "POR DENTRO A PODRIDÃO DA LEGALIDADE SALAZARISTA MARIA ARCHER OS ÚLTIMOS DIAS DO FASCISMO PORTUGUÊS EDITORA UBEK9ADB I CULTURA A" venda nas principais livrarias 011 na administraçáu de PORTfOAI. HCBHM KATIIO Rua t:aawrmrlra Furtado. 191. */2 — Caixa Postal. Mgf — São Paulo — lírasil. |»rrV«: brothad» t>S ÍOO.00; rneadem-do. Cr$ 300,00 >
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t/e*-** íee t**o
PORTUGAL DEMOCRÁTICO
Manifesto dos
^democratas de Moçambique
írigido à população
Os Democratas do Moçambique
aprov. itam a presente data do Cinquentenário da Implantarão da Ke-
púbhoa om Portugal pira aprescn
tar o seguinte protesto o reclamações COnlni o redimo politico de Sa-
Todos os anos, tanto aqui. como
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t.m tentado comemorar ■ data «lo 5
uo Outubro de 11»10, como implau-
tacão do regime republicano t de
mocrático oin Portugal.
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