CENPA-078~07 |
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- 4 - para negociar a nossa Independência. A FRELIMO deseja fazer compreender a todos que nao devemos alimentar as ilusões de que a nosáa terra nos será devolvida-sem luta* Pela via pacífica a nossa voz nao será nunca ouvida pelos colonialistas portugueses. Antes pelo contrários eles estão empenhados em constituir uma segunda Afrèca do Sul. É a nds próprios que cabe encontrar os meios de reconquistar a nossa Liberdade e-■} restaurar o nosso prestígio e Dignidade e os direitos humanos proclamados pelas Nações Unidas, Declaração de 14 de Dezembro de 1960; Os portugueses, em reacção às actividades da FRELBO e a Organização massiva do povo, decidiram prender, encarcerar e matar o nosso Povo, como medidas para impedir que Moçambique se torne livre e Independente. Que os portugueses saibam, que mesmo que o sol tenha que le— vantar-se e pôr-se em pontos cardiais diferentes, Moçambique será livre e terá um governo da Maioria. 0 direito de governar Moçambique será restaurado para os seus donos autênticos, e isso nao tardará. Estamos gemendo sob o jugo do pior Imperialismo e colonialismo sem precedentes na Historia da Humanidade. A lei portuguesa do terror e do massacre deve acabar imediatamente. A situação actual em Moçambique é inconcebível. Cerca de quarenta mil soldados estão espalhados em todo o Moçambique. Eles nao têm respeito algum pela mulher africana, e os maridos sao fusila- dos se tentam defende-las. As prisões estão cheias de n suspeitos » dos quais muitos aca- ban por ser mortos. Este conflito profundo tem oo' uma solução, ascençao de Moçambique à ISÍDBPENDSNCIA. 0 governo nauseabundo de Portugal, a opressão e dominação, serão combatidos intransigentemente por nds, e se for necessário darmos as nossas vidas, fá-lo-emos com muito prazer. So neste mês, fizeram-se as seguintes prisões: cinquenta em Zumbo, Distrito de Tete; cinco em Espungaberaj vinte e cinco na 3 Beira; dois em Vila Fontes, Distrito de Nanica e Sofala; sete em Zavala, Distrito de Inhambane; setenta em Kòbue/, Di st ri tá do Niassa/ e em muitas outras áreas donde ainda nao tivemos a oportunidade de receber as informações preeisas» Para acelerar a campanha da nossa Independência, todos os Moçambicanos sao chamados a unir-se, a agir e a agir duma so' vez. Devem compreender que mesmo que a FRELIMO seja uma, organização popular grande e forte com as condições máximas para conquistar a Independência em Moçambique, pode ser difícil alcançá-la se a cooperação pedida a todos nao for bem dada. Todos o Moçambicano têm uma tarrefa sagrada para o seu País. Lutar pela sua Independência Qompleta. É um crime para qualquer Moçambicano manter-se indiferente, sentar-se ociosamente, sen nada fazer para a liberáação do nosso país.
Object Description
Title | Boletim de informação, no. 6 (1964 Mar.) |
Description | Contents: I. A FRELIMO na China - Mensagem do Presidente Mao Tse Toung e do Sr. Chen Yi, Vice Presidente do Conselho de Ministros e Ministro dos Negocios Estrangeiros da Republica Popular da China -- II. A FRELIMO na Zambia - Uria Simango, Vice Presidente da FRELIMO, expõe ao Governo da Zambia os problemas da nossa luta e a política da FRELIMO -- III. 4 de fevereiro: Jornada de Angola - Pascoal Mocumbi nas celebrações de Paris e Londres, em homenagem ao heroico povo angolano -- IV. Aspectos da vida moçambicana. |
Subject (lcsh) |
Nationalism -- Mozambique Self-determination, National Mozambique -- History Portugal -- Politics and government -- 1933-1974 |
Geographic Subject (Country) | Mozambique |
Geographic Subject (Continent) | Africa |
Geographic Coordinates | -18.6696821,35.5273356 |
Coverage date | 1960/1964-02 |
Creator | Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Departamento de Informação e Propaganda |
Publisher (of the Original Version) | Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Departamento de Informação e Propaganda |
Place of Publication (of the Origianal Version) | 201 Arab Street, Dar-Es-Salaam, Tanganyika |
Publisher (of the Digital Version) | University of Southern California. Libraries |
Date issued | 1964-03 |
Type |
texts images |
Format | 14 p. |
Format (aat) | newsletters |
Language | Portuguese |
Contributing entity | University of Southern California |
Legacy Record ID | chil-m65 |
Part of collection | Emerging Nationalism in Portuguese Africa, 1959-1965 |
Part of subcollection | Mozambique Collection |
Rights | The University of Southern California has licensed the rights to this material from the Aluka initiative of Ithaka Harbors, Inc., a non-profit Delaware corporation whose address is 151 East 61st Street, New York, NY 10021 |
Physical access | Original archive is at the Boeckmann Center for Iberian and Latin American Studies. Send requests to address or e-mail given. Phone (213) 821-2366; fax (213) 740-2343. |
Repository Name | USC Libraries Special Collections |
Repository Address | Doheny Memorial Library, Los Angeles, CA 90089-0189 |
Repository Email | specol@usc.edu |
Filename | CENPA-078 |
Description
Title | CENPA-078~07 |
Filename | CENPA-078~07.tiff |
Full text | - 4 - para negociar a nossa Independência. A FRELIMO deseja fazer compreender a todos que nao devemos alimentar as ilusões de que a nosáa terra nos será devolvida-sem luta* Pela via pacífica a nossa voz nao será nunca ouvida pelos colonialistas portugueses. Antes pelo contrários eles estão empenhados em constituir uma segunda Afrèca do Sul. É a nds próprios que cabe encontrar os meios de reconquistar a nossa Liberdade e-■} restaurar o nosso prestígio e Dignidade e os direitos humanos proclamados pelas Nações Unidas, Declaração de 14 de Dezembro de 1960; Os portugueses, em reacção às actividades da FRELBO e a Organização massiva do povo, decidiram prender, encarcerar e matar o nosso Povo, como medidas para impedir que Moçambique se torne livre e Independente. Que os portugueses saibam, que mesmo que o sol tenha que le— vantar-se e pôr-se em pontos cardiais diferentes, Moçambique será livre e terá um governo da Maioria. 0 direito de governar Moçambique será restaurado para os seus donos autênticos, e isso nao tardará. Estamos gemendo sob o jugo do pior Imperialismo e colonialismo sem precedentes na Historia da Humanidade. A lei portuguesa do terror e do massacre deve acabar imediatamente. A situação actual em Moçambique é inconcebível. Cerca de quarenta mil soldados estão espalhados em todo o Moçambique. Eles nao têm respeito algum pela mulher africana, e os maridos sao fusila- dos se tentam defende-las. As prisões estão cheias de n suspeitos » dos quais muitos aca- ban por ser mortos. Este conflito profundo tem oo' uma solução, ascençao de Moçambique à ISÍDBPENDSNCIA. 0 governo nauseabundo de Portugal, a opressão e dominação, serão combatidos intransigentemente por nds, e se for necessário darmos as nossas vidas, fá-lo-emos com muito prazer. So neste mês, fizeram-se as seguintes prisões: cinquenta em Zumbo, Distrito de Tete; cinco em Espungaberaj vinte e cinco na 3 Beira; dois em Vila Fontes, Distrito de Nanica e Sofala; sete em Zavala, Distrito de Inhambane; setenta em Kòbue/, Di st ri tá do Niassa/ e em muitas outras áreas donde ainda nao tivemos a oportunidade de receber as informações preeisas» Para acelerar a campanha da nossa Independência, todos os Moçambicanos sao chamados a unir-se, a agir e a agir duma so' vez. Devem compreender que mesmo que a FRELIMO seja uma, organização popular grande e forte com as condições máximas para conquistar a Independência em Moçambique, pode ser difícil alcançá-la se a cooperação pedida a todos nao for bem dada. Todos o Moçambicano têm uma tarrefa sagrada para o seu País. Lutar pela sua Independência Qompleta. É um crime para qualquer Moçambicano manter-se indiferente, sentar-se ociosamente, sen nada fazer para a liberáação do nosso país. |
Archival file | Volume33/CENPA-078~07.tiff |