CENPA-093~03 |
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EDITORIAL De 30 de Maio a 10 de Junho reunir-se-à em Dar es Salaam o Comité do Descolonização dos 24 das Nações Unidas. 0 Comité' discuti- ' rã assuntos relacionados com a situação no Zimbabwe, nas colónias portuguesas, Sudoeste Africano e protectorados ingleses (Bechanalandia, Basutolaiadia e Suazilândia). A PRELIMO tem um ponto de vista realístico, no que Respeita a actividade das N.U, no campo da descolonização. Nos sabemos quo ha fortes influencias imperialistas dentro das N. li.. 0 colonialismo d um instrumento do imperialismo. Enquanto^aquelas tendências durarem, os países colonialistas não terão port Tito que recear qualquer acção internacional séria dirigida contra eles. Nos sabemos que a Independência Nacional, no caso dos países sob dominação colonial, tem de ser sempre uma conquista do povo. é o povo que tom do tomar consciência da exploração e da opressão que pesam sobro ele, levantar-se e lançar-se resolutamente no caminho de luta.. A revolução, o movimento de massasf^é sempre uma constante no processo de emancipação de uma colo'nia. Nenhum país colonialista renuncia aos seus territórios coloniais movido por considerações de orõem moral. Especialmente Portugal. Durante' séculos Portugal construiu a sua economia sobre a base das matérias primas fornecidas pelas colónias e sobre os mercados que estas constituem. Como esperar agora que, atendendo a simoles resoluções quo sno em si mesmas I hesitantes na sua formulação, emanadas do um organismo (ng,Na- çõo$ Unidas om quo Portugal tom muitos o poderosos aliados quo aberta ou encobertamente o encorajam a continuar a sua política colonial - como esperar que Portugal renuncie som luta à fonte de receita que nds e a nossa Terra representamos para ele? Salazar declarou já numa entrevista que deu a "Reuteru em 2 de Maio de 1964 i"Portugal está decidido a manter o controle dos seus territórios ultramarinos, apesar dos pedidos das Nações Unidas de lhes ser concedida a independencia.n?,De facto, Salazar ignora e despreza soberanamente as N. U. e todas as suas resoluções, Ele está seguro de que y o apoio que recobe dos seus aliados imperialistas lhe permitirá viver a margem daquele organismo int.ernacioaal* Foi-esta a razão porque decidimos desencadear a revolução em Moçambique. A acção anti*-colonial das N.U. nao produz efeitos em relação a Portugal. Esperar e confiar nas N.U. seria condenar- mo-nos indefinidamente a um estado de servidão.
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Title | CENPA-093~03 |
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Full text | EDITORIAL De 30 de Maio a 10 de Junho reunir-se-à em Dar es Salaam o Comité do Descolonização dos 24 das Nações Unidas. 0 Comité' discuti- ' rã assuntos relacionados com a situação no Zimbabwe, nas colónias portuguesas, Sudoeste Africano e protectorados ingleses (Bechanalandia, Basutolaiadia e Suazilândia). A PRELIMO tem um ponto de vista realístico, no que Respeita a actividade das N.U, no campo da descolonização. Nos sabemos quo ha fortes influencias imperialistas dentro das N. li.. 0 colonialismo d um instrumento do imperialismo. Enquanto^aquelas tendências durarem, os países colonialistas não terão port Tito que recear qualquer acção internacional séria dirigida contra eles. Nos sabemos que a Independência Nacional, no caso dos países sob dominação colonial, tem de ser sempre uma conquista do povo. é o povo que tom do tomar consciência da exploração e da opressão que pesam sobro ele, levantar-se e lançar-se resolutamente no caminho de luta.. A revolução, o movimento de massasf^é sempre uma constante no processo de emancipação de uma colo'nia. Nenhum país colonialista renuncia aos seus territórios coloniais movido por considerações de orõem moral. Especialmente Portugal. Durante' séculos Portugal construiu a sua economia sobre a base das matérias primas fornecidas pelas colónias e sobre os mercados que estas constituem. Como esperar agora que, atendendo a simoles resoluções quo sno em si mesmas I hesitantes na sua formulação, emanadas do um organismo (ng,Na- çõo$ Unidas om quo Portugal tom muitos o poderosos aliados quo aberta ou encobertamente o encorajam a continuar a sua política colonial - como esperar que Portugal renuncie som luta à fonte de receita que nds e a nossa Terra representamos para ele? Salazar declarou já numa entrevista que deu a "Reuteru em 2 de Maio de 1964 i"Portugal está decidido a manter o controle dos seus territórios ultramarinos, apesar dos pedidos das Nações Unidas de lhes ser concedida a independencia.n?,De facto, Salazar ignora e despreza soberanamente as N. U. e todas as suas resoluções, Ele está seguro de que y o apoio que recobe dos seus aliados imperialistas lhe permitirá viver a margem daquele organismo int.ernacioaal* Foi-esta a razão porque decidimos desencadear a revolução em Moçambique. A acção anti*-colonial das N.U. nao produz efeitos em relação a Portugal. Esperar e confiar nas N.U. seria condenar- mo-nos indefinidamente a um estado de servidão. |
Archival file | Volume32/CENPA-093~03.tiff |