CENPA-088~10 |
Save page Remove page | Previous | 10 of 17 | Next |
|
small (250x250 max)
medium (500x500 max)
Large (1000x1000 max)
Extra Large
large ( > 500x500)
Full Resolution
All (PDF)
|
This page
All
|
Loading content ...
-9- NOVA MANOBRA DE PORTUGAL Numa entrevista concedida ao jornal "O Se'culo" em 30.11.64 o ministro português dos Negócios Estrangeiros declarou que "Portugal continua disposto a recomeçar as conversações com os países africanos desde que seja elaborada com antecedência uma ordem do dia". 1. A exigência de uma ordem do dia e inútil neste caso? o problema único a ser discutido e o de saber se Portugal está ou não disposto a conceder imediatamente a independência às colónias. 2. Em Outubro de 1963 realizaram-se já conversações entre representantes de Estados Africanos e este mesmo ministro português. As conversações duraram apenas duas sessões por terem os representantes africanos concluído que Portugal pretendia apenas iludi-los. No seu relatório, eles declararam que M.. . o . " 3. Salazar declarou há poucos meses, em Maio de 1964, numa entrevista que concedeu a "Reuter", que,"Portugal está decidido* a continuar o seu controlo nas Provincias Ultramarinas apesar dos pedidos das Nações Unidas de lhes ser concedida a independência". 4. Não somos em princípio opostos a conversações e negociações; mas em face destes antecedentes, nao vemos sobre que e' que as conversações iriam incidir, nem qual a sua utilidade. 5. Podemos desde já revelar as razões subjacentes a esta atitude do Governo Português? ele tem esperança de que uma nova comissão encarregada das conversações seja eventualmente constituída por representantes de certos Estados africanos que têm boas relações com Portugal e que pactuam com ele na sua politica colonial. Uma comissão desse tipo "concluiria" seguramente que1a política de Portugal está orientada no sentido da auto-determinaçao dos seus territórios ultramarinos; e que portanto, a única coisa a fazer e esperar, e ver os resultados dessa nova política1. 6. Aos Estados africanos anti-colonialistas e anti-imperialistas; compete frustrar esta nova manobra de Portugal. N.A.T.O. As relações militares entre Portugal e os seus aliados da N.A.T.O, reforçam-se. No nosso último editorial indicámos com números o quantum do auxilio militar fornecido a Portugal pelos E.U., Alemanha Ocidental, Inglaterra e França.
Object Description
Description
Title | CENPA-088~10 |
Filename | CENPA-088~10.tiff |
Full text | -9- NOVA MANOBRA DE PORTUGAL Numa entrevista concedida ao jornal "O Se'culo" em 30.11.64 o ministro português dos Negócios Estrangeiros declarou que "Portugal continua disposto a recomeçar as conversações com os países africanos desde que seja elaborada com antecedência uma ordem do dia". 1. A exigência de uma ordem do dia e inútil neste caso? o problema único a ser discutido e o de saber se Portugal está ou não disposto a conceder imediatamente a independência às colónias. 2. Em Outubro de 1963 realizaram-se já conversações entre representantes de Estados Africanos e este mesmo ministro português. As conversações duraram apenas duas sessões por terem os representantes africanos concluído que Portugal pretendia apenas iludi-los. No seu relatório, eles declararam que M.. . o . " 3. Salazar declarou há poucos meses, em Maio de 1964, numa entrevista que concedeu a "Reuter", que,"Portugal está decidido* a continuar o seu controlo nas Provincias Ultramarinas apesar dos pedidos das Nações Unidas de lhes ser concedida a independência". 4. Não somos em princípio opostos a conversações e negociações; mas em face destes antecedentes, nao vemos sobre que e' que as conversações iriam incidir, nem qual a sua utilidade. 5. Podemos desde já revelar as razões subjacentes a esta atitude do Governo Português? ele tem esperança de que uma nova comissão encarregada das conversações seja eventualmente constituída por representantes de certos Estados africanos que têm boas relações com Portugal e que pactuam com ele na sua politica colonial. Uma comissão desse tipo "concluiria" seguramente que1a política de Portugal está orientada no sentido da auto-determinaçao dos seus territórios ultramarinos; e que portanto, a única coisa a fazer e esperar, e ver os resultados dessa nova política1. 6. Aos Estados africanos anti-colonialistas e anti-imperialistas; compete frustrar esta nova manobra de Portugal. N.A.T.O. As relações militares entre Portugal e os seus aliados da N.A.T.O, reforçam-se. No nosso último editorial indicámos com números o quantum do auxilio militar fornecido a Portugal pelos E.U., Alemanha Ocidental, Inglaterra e França. |
Archival file | Volume31/CENPA-088~10.tiff |