CENPA-087~11 |
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-10- "ACIDENTE" NUM BATUQUE Desde o inicio da luta a FRELIMO tem vindo a desenvolver uma intensa acção de politização no interior de Moçambique - destinada a criar nos moçambicanos uma determinação firme de lutar sem desfalecimentos ate a vitória final, o a torná-los certos da nossa vitoria. Esta nossa acção tem dado frutos. Grande parte do Povo moçambicano está já consciente dos problemas relacionados com a nossa lutas nao e já por mora reacção emocional, mas por decisão consciente que elo luta hoje contra o colonialismo português. Relatamos a seguir um facto que ocorreu há poucas semanas em Moçambique e que chegou ate nos através dos nossos militantes. Ele prova que a dominação portuguesa em Moçambique entrou já em franco declinios psicologicamente, Moçambique pertence já, de modo absoluto,aos Moçambicanos. * Os habitantes do uma pequena povoação no distrito de Manica e Sofala organizaram um batuque. Um batuque o' uma festa africana, em que os africanos dançam. Muitas vozes atravo's da dança e do canto eles exprimem a sua revolta, acusam os seus opressores,proclamam a sua vontade de liberdade.. Ate' ao começo da luta, ora este o único meio que o nosso Povo tinha de exteriorizar as suas convicções o a garantia da impunidade residia no facto do os portugueses não conhecerem as linguas africanas, o de os batuques se realizarem normalmente em locais isolados e desconhecidos dos colonialistas. A população dessa aldeia organizou portanto um batuque. Em determinada altura, quando a festa tinha já começado,um português, comerciante, quo passava de carro casualmente por aquela área, atraído pelo clarão da fogueira o polo ritmo dos tambores, aproximou-se. Desceu do carro, acercou-se, e dispos-se a"apreciar" aquela "dança de selvagens",- qualificação que todos os colonialistas dão a esta nossa manifestação cultural. Com um sorriso do superioridade paternalista, ciazou os braços fe preparou-so para"gozar". Os Moçambicanos nao gostaram desta intromissão. Nao gostaram do ar de superioridade do português. Nao gostaram da presença do português, que representava aquilo que eles mais profundamente odiavam e contra quc. , naquele mesmo momento, se manifestavam.
Object Description
Description
Title | CENPA-087~11 |
Filename | CENPA-087~11.tiff |
Full text | -10- "ACIDENTE" NUM BATUQUE Desde o inicio da luta a FRELIMO tem vindo a desenvolver uma intensa acção de politização no interior de Moçambique - destinada a criar nos moçambicanos uma determinação firme de lutar sem desfalecimentos ate a vitória final, o a torná-los certos da nossa vitoria. Esta nossa acção tem dado frutos. Grande parte do Povo moçambicano está já consciente dos problemas relacionados com a nossa lutas nao e já por mora reacção emocional, mas por decisão consciente que elo luta hoje contra o colonialismo português. Relatamos a seguir um facto que ocorreu há poucas semanas em Moçambique e que chegou ate nos através dos nossos militantes. Ele prova que a dominação portuguesa em Moçambique entrou já em franco declinios psicologicamente, Moçambique pertence já, de modo absoluto,aos Moçambicanos. * Os habitantes do uma pequena povoação no distrito de Manica e Sofala organizaram um batuque. Um batuque o' uma festa africana, em que os africanos dançam. Muitas vozes atravo's da dança e do canto eles exprimem a sua revolta, acusam os seus opressores,proclamam a sua vontade de liberdade.. Ate' ao começo da luta, ora este o único meio que o nosso Povo tinha de exteriorizar as suas convicções o a garantia da impunidade residia no facto do os portugueses não conhecerem as linguas africanas, o de os batuques se realizarem normalmente em locais isolados e desconhecidos dos colonialistas. A população dessa aldeia organizou portanto um batuque. Em determinada altura, quando a festa tinha já começado,um português, comerciante, quo passava de carro casualmente por aquela área, atraído pelo clarão da fogueira o polo ritmo dos tambores, aproximou-se. Desceu do carro, acercou-se, e dispos-se a"apreciar" aquela "dança de selvagens",- qualificação que todos os colonialistas dão a esta nossa manifestação cultural. Com um sorriso do superioridade paternalista, ciazou os braços fe preparou-so para"gozar". Os Moçambicanos nao gostaram desta intromissão. Nao gostaram do ar de superioridade do português. Nao gostaram da presença do português, que representava aquilo que eles mais profundamente odiavam e contra quc. , naquele mesmo momento, se manifestavam. |
Archival file | Volume31/CENPA-087~11.tiff |