CENPA-087~07 |
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-6- Referindo-se às actividades da Policia portuguesa, Luis Machiai revelou quo todos os dias um camião grande anda pelas povoações, com policias quo prendem moçambicanos e os levam para as cidades "para investigações". Uma das torturas a quo os moçambicanos sao sujeitos, disse elo, e' a seguintes o moçambicano e metido num poço, do cabeça para baixo, pendurado polos pes. Quando a cabeça toca na água, os policias dizom-lhe para falar. So ele não fala, mergulham a cabeça na água durante alguns segundos o retiram-na om seguida.A operação repoto-se, ate o moçambicano morrer. Muitos sao mortos desta maneira. Outra forma de tortura e partir os dedos, um a um, com um martelo. Os nacionalistas considerados perigosos poios portugueses são metidos em aviões o lançados do ar sem paraquedas, ou lançados de barcos, no alto mar. No mos passado, disse ainda o sr. Machiai, um soldado africano foi espancado ate" morrer, pelo comandante do quartel de Milange, Walter da Silva Almeida, por ter sido encontrado com um cartão da FRELIMO. 0 soldado tinha o No 88/62. ACÇÕES DE SABOTAG',M Paralelamente a luta armada, os militantes da FRELIMO praticam actos de sabotagem para desmoralizar a população portuguesa o enfraquecer a economia da colónia. As autoridades portuguesas tentam ocultar estas operações, mas algumas delas são tão notórias, tao ostensivas e publicas que ate as próprias autoridades portuguesas são forçadas a roconhece-las e a divulgá-las. Todas as quo referimos em seguida foram publicadas no jornal português "Diário de Moçambique" s -Em Nampula os militantes da FRELIMO incendiaram nove vagões esfregados com mercadorias, fizeram explodir um vagao-tanque com gás-oloo e queimaram dois outros vagõos cheios de algodão da Sociedade Algodoeira do Niassa. 0 valor do algodão ora superior a 1.000 contos. -Em António Enos, os nossos militantes incendiaram um armazém nos arredores da cidade. As chamas destruiram 100 toneladas de sal e 4.000 sacos. 0 valor das mercadorias era de 200 contos. -A entrada da estação de Vila Pery, fizeram descarrilar um comboio com 23 vagões carregados com carros destinados a Rodésia do Sul.
Object Description
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Title | CENPA-087~07 |
Filename | CENPA-087~07.tiff |
Full text | -6- Referindo-se às actividades da Policia portuguesa, Luis Machiai revelou quo todos os dias um camião grande anda pelas povoações, com policias quo prendem moçambicanos e os levam para as cidades "para investigações". Uma das torturas a quo os moçambicanos sao sujeitos, disse elo, e' a seguintes o moçambicano e metido num poço, do cabeça para baixo, pendurado polos pes. Quando a cabeça toca na água, os policias dizom-lhe para falar. So ele não fala, mergulham a cabeça na água durante alguns segundos o retiram-na om seguida.A operação repoto-se, ate o moçambicano morrer. Muitos sao mortos desta maneira. Outra forma de tortura e partir os dedos, um a um, com um martelo. Os nacionalistas considerados perigosos poios portugueses são metidos em aviões o lançados do ar sem paraquedas, ou lançados de barcos, no alto mar. No mos passado, disse ainda o sr. Machiai, um soldado africano foi espancado ate" morrer, pelo comandante do quartel de Milange, Walter da Silva Almeida, por ter sido encontrado com um cartão da FRELIMO. 0 soldado tinha o No 88/62. ACÇÕES DE SABOTAG',M Paralelamente a luta armada, os militantes da FRELIMO praticam actos de sabotagem para desmoralizar a população portuguesa o enfraquecer a economia da colónia. As autoridades portuguesas tentam ocultar estas operações, mas algumas delas são tão notórias, tao ostensivas e publicas que ate as próprias autoridades portuguesas são forçadas a roconhece-las e a divulgá-las. Todas as quo referimos em seguida foram publicadas no jornal português "Diário de Moçambique" s -Em Nampula os militantes da FRELIMO incendiaram nove vagões esfregados com mercadorias, fizeram explodir um vagao-tanque com gás-oloo e queimaram dois outros vagõos cheios de algodão da Sociedade Algodoeira do Niassa. 0 valor do algodão ora superior a 1.000 contos. -Em António Enos, os nossos militantes incendiaram um armazém nos arredores da cidade. As chamas destruiram 100 toneladas de sal e 4.000 sacos. 0 valor das mercadorias era de 200 contos. -A entrada da estação de Vila Pery, fizeram descarrilar um comboio com 23 vagões carregados com carros destinados a Rodésia do Sul. |
Archival file | Volume31/CENPA-087~07.tiff |