CENPA-087~06 |
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-5- desconhecendo-se o numero de mortos o feridos. A que seguia na retaguarda foi imobilizada, tendo sido destruida e mortos todos os militares que nela seguiam - um sargento e quatro soldados. UM SOLDADO PORTUGUÊS DESERTA E PEDE AUXILIO A FRELIMO Em 30 d Outubro desertou do exército^português,na zona de Milange, o soldado português de nome Luis dos Santos Machiai. Depois de um ataque feito por militantes da FRELIMO,aquele soldado resolveu abandonar o exercito colonialistas entrou em contacto com os leaders locais da FRELIMO, e podiu-lhes protecção para si, para sua esposa, e para uma filha de 4 meses de idade. A FRELIMO ajudou-o a fugir de Moçambique e ccnduziu-o para a Tanzânia. Pouco depois da sua chegada à Tanzânia, Luis Machiai foi entrevistado por um membro do Departamento de Informação da FRELIMO, e deu as seguintes informações: Ele nasceu em Quelimane. 0 seu pai viveu em Moçambique durante cerca do 30 anos. Tem 4 irmãos,mistos, que sairam de Moçambique, juntamente com o pai, em Março deste ano. Em 1963, ele foi forçado a entrar para o exercito portuguêsõ esteve seis meses em Boane, como recruta, e foi depois colocado em Milange. Quando interrogado sobre quais as razoes porque tinha desertado, o sr. Machiai respondeu que a razão principal d ele ser contra o tratamento a que os colonialistas sujeitam os africanos. Contou que, depois de um ataque feito por militantes da •. FRELIMO, em Outubro, e no qual morreram 15 soldados portugueses e muitos outros outros foram feridos, o comandante do quartel pediu reforços e vingou-so na população civil indefesa,queimando as casas dos moçambicanos, prendendo, torturando o matando um grande numero de moçambicanos daquela área. Em face daquela atitude desumana e cruel, o sr„ Machiai sentiu-se moralmente ofendido o resolveu desertar. Ele declarou mais que os soldados portugueses nao-tem vontade nenhuma de lutarssd lutam porque são obrigados a isso pelos oficiais, E que, sendo ele nascido em Moçambique, entendia que não devia participar na luta contra o povo moçambicano.
Object Description
Description
Title | CENPA-087~06 |
Filename | CENPA-087~06.tiff |
Full text | -5- desconhecendo-se o numero de mortos o feridos. A que seguia na retaguarda foi imobilizada, tendo sido destruida e mortos todos os militares que nela seguiam - um sargento e quatro soldados. UM SOLDADO PORTUGUÊS DESERTA E PEDE AUXILIO A FRELIMO Em 30 d Outubro desertou do exército^português,na zona de Milange, o soldado português de nome Luis dos Santos Machiai. Depois de um ataque feito por militantes da FRELIMO,aquele soldado resolveu abandonar o exercito colonialistas entrou em contacto com os leaders locais da FRELIMO, e podiu-lhes protecção para si, para sua esposa, e para uma filha de 4 meses de idade. A FRELIMO ajudou-o a fugir de Moçambique e ccnduziu-o para a Tanzânia. Pouco depois da sua chegada à Tanzânia, Luis Machiai foi entrevistado por um membro do Departamento de Informação da FRELIMO, e deu as seguintes informações: Ele nasceu em Quelimane. 0 seu pai viveu em Moçambique durante cerca do 30 anos. Tem 4 irmãos,mistos, que sairam de Moçambique, juntamente com o pai, em Março deste ano. Em 1963, ele foi forçado a entrar para o exercito portuguêsõ esteve seis meses em Boane, como recruta, e foi depois colocado em Milange. Quando interrogado sobre quais as razoes porque tinha desertado, o sr. Machiai respondeu que a razão principal d ele ser contra o tratamento a que os colonialistas sujeitam os africanos. Contou que, depois de um ataque feito por militantes da •. FRELIMO, em Outubro, e no qual morreram 15 soldados portugueses e muitos outros outros foram feridos, o comandante do quartel pediu reforços e vingou-so na população civil indefesa,queimando as casas dos moçambicanos, prendendo, torturando o matando um grande numero de moçambicanos daquela área. Em face daquela atitude desumana e cruel, o sr„ Machiai sentiu-se moralmente ofendido o resolveu desertar. Ele declarou mais que os soldados portugueses nao-tem vontade nenhuma de lutarssd lutam porque são obrigados a isso pelos oficiais, E que, sendo ele nascido em Moçambique, entendia que não devia participar na luta contra o povo moçambicano. |
Archival file | Volume31/CENPA-087~06.tiff |