CENPA-085~02 |
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-1- EDITORIAL O Partido Trabalhista Britânico apoia a politica colonialista de Salazar. Já por varias vezes formulámos neste nosso boletim acusações idênticas contra governos de paises ocidentais:©s Estados Unidos da America do Norte? A Alemanha Ocidental? a França, o próprio governo inglês representado pelo partido conservador figuraram ja' aqui como réus prr conivência com o colonialismo português. Mas o facto não nos causava surpresa: nds sabemos que existe uma solidariedade inevitável entre todos os paises capitalistas e imperialistas? fundada num mesmo interesse? numa comum necessidade6, a da exploração económica de outros prv^s e doutros territórios. Agora, porem? e um partdo que diz segàir uma linha socialista ç[ueAiOUVai o colonialismo portugeus, e implicitamente, negar a legitimidade do nosso direito à independência - sugerindo que, uma vez que ha nprogresso e bom estar;í em Moçambique, nâo há razão para o Povo Moçambicano desejar a independência. Um partido que, ainda em Fevereiro do corrente ano, nos declarava, através dos seus representantes, que ,5 a linha politica do Partido Trabalhista era no sentido de fjarorocer e apoiar o movimento de emancipação da Africa; e que o seu láader o sr. Harold Wilson, declarara ques se subisse ao poder? faria todos os pose siveis por cortar cerce o fornecimento de armas a Portugal e Africa do Sul? sabido como d que essas armas sao utilizadas pelos governos daqueles dois paises para a defesa da sua politica colonial - fascista e racista^contra as populações africanas". 0 que d que determinou a mudança de atitude do Partido Trabalhista? 0 que d que fez com que ele aceitasse um convitej dirigido pelo governo português aos seus membros, para visitar Angola e Moçambique? A FRELIMO tinha posto o Partido Trabalhista Briúâíiico de sobreaviso contra este convite, fazendo-lhe ver que uma eventual aceitação significaria sempre, pelo menos, um apoio moral à politica colonial portuguesa. Mas o xartido Trabalhista ignorou scx;orana::o-tc a nossa advor- ti-ncia - e em 10 de Agosto findo um grupo de deputados chgou a Lisboa, seguindo no dia 13 para Angola e Moçambique. "'* simples facto da aceitação do convite, numa altura em que Portugal busca ansiosamente apoio internacional para a sua vetusta politica colonial? constitui ja", de per si, um facto grave e comprometedor. Mas o ponto culminante da manobra deste partido siíua-se nas declarações que, quando do seu regresso de Angola e Moçambique? os seus membros fizeram a Imprensa. Secundo a Agencia France Presr? Robert Mellish, membro tra-
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Title | CENPA-085~02 |
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Full text | -1- EDITORIAL O Partido Trabalhista Britânico apoia a politica colonialista de Salazar. Já por varias vezes formulámos neste nosso boletim acusações idênticas contra governos de paises ocidentais:©s Estados Unidos da America do Norte? A Alemanha Ocidental? a França, o próprio governo inglês representado pelo partido conservador figuraram ja' aqui como réus prr conivência com o colonialismo português. Mas o facto não nos causava surpresa: nds sabemos que existe uma solidariedade inevitável entre todos os paises capitalistas e imperialistas? fundada num mesmo interesse? numa comum necessidade6, a da exploração económica de outros prv^s e doutros territórios. Agora, porem? e um partdo que diz segàir uma linha socialista ç[ueAiOUVai o colonialismo portugeus, e implicitamente, negar a legitimidade do nosso direito à independência - sugerindo que, uma vez que ha nprogresso e bom estar;í em Moçambique, nâo há razão para o Povo Moçambicano desejar a independência. Um partido que, ainda em Fevereiro do corrente ano, nos declarava, através dos seus representantes, que ,5 a linha politica do Partido Trabalhista era no sentido de fjarorocer e apoiar o movimento de emancipação da Africa; e que o seu láader o sr. Harold Wilson, declarara ques se subisse ao poder? faria todos os pose siveis por cortar cerce o fornecimento de armas a Portugal e Africa do Sul? sabido como d que essas armas sao utilizadas pelos governos daqueles dois paises para a defesa da sua politica colonial - fascista e racista^contra as populações africanas". 0 que d que determinou a mudança de atitude do Partido Trabalhista? 0 que d que fez com que ele aceitasse um convitej dirigido pelo governo português aos seus membros, para visitar Angola e Moçambique? A FRELIMO tinha posto o Partido Trabalhista Briúâíiico de sobreaviso contra este convite, fazendo-lhe ver que uma eventual aceitação significaria sempre, pelo menos, um apoio moral à politica colonial portuguesa. Mas o xartido Trabalhista ignorou scx;orana::o-tc a nossa advor- ti-ncia - e em 10 de Agosto findo um grupo de deputados chgou a Lisboa, seguindo no dia 13 para Angola e Moçambique. "'* simples facto da aceitação do convite, numa altura em que Portugal busca ansiosamente apoio internacional para a sua vetusta politica colonial? constitui ja", de per si, um facto grave e comprometedor. Mas o ponto culminante da manobra deste partido siíua-se nas declarações que, quando do seu regresso de Angola e Moçambique? os seus membros fizeram a Imprensa. Secundo a Agencia France Presr? Robert Mellish, membro tra- |
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