CENPA-084~07 |
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A Igreja tal como esta7 concebida hoje em Moçambique tem por fim a formação da consciência popular num espirito de conformismo com o colonialismo . Com este mesmo objectivo uma outra instituição colonialista deve ser estudada a chamada PSÍCO-SOCIAL. A Psico-Social é uma instituição directamente ligada h PIDE. Esta nova criação do colonialismo em Moçambique, é uma perfeita máquina de propaganda colonialista servida por especialistas da técnica de propaganda fascista. Esta técnica consiste em apresentar sob uma forma agradável e facilmente assimilável (cinema, radio, conferencias,etc*) uma série de factos falsos misturados com alguns verdadeiros, de maneira que acaba, por se tornar muito difícil distinguir a verdade da mentira e conseguem-se assim tirar conelusoes erradas, com as quais se pretende tirar o amor do Povo pela sua libertação. A Psice- -Social é dirigida por homons por vezes muito integligentes mas que puseram a sua inteligência ao serviço da maldade e portanto sao ainda mais culpados. 0 colonialismo servesse destas instituições de propaganda para se manter, e elas sao o seu instrumento de opressão psicológica. A Igreja e a Psico-Social são organismos ao serviço dos nossos inimigos. INTERESSES ECONÓMICOS Acabamos de ver, resumidamente, a orgânica do colonialismo português em Moçambique. Vamos agora ver o que está por trás dela, quer dizer, os interesses económicos que se escondem por trás dos opressores directos e determinam o comportamento destes últimos. 0 colonialismo o determinado por interesses económicos. Colonialistas nao sao só aqueles que diariamente nos oprimem, nos torturam e nos humilham. Colonialistas sao também todos aqueles que ligados a interesses económicos sinistros nos exploram economicamente, nos roubam sistematicamente. Aqueles que roubam ao Povo aquilo que é do Povo também são criminosos, também são colonialistas., tambe'm sao inimigos, por muito isfarcados que nos apareçam. São eles os verdadeiros cérebros do colonialismo português. Quais sao esses interesses económicos ligados ao colonialismo português? Vejamos^ em primeiro lugar as grandes companhias portuguesas, cujos proprietários na maior parte dos casos nunca vieram a Moçambique. Entre elas contam-se os grandes empórios comerciais do nosso País. Estas companhias possuem algumas industrias, instalações agrícolas e monopólios de exploração comercial e agrícola. Elas ganham com o comércio de.Moçam bique, pois dominam quase todos os ramos, de tal modo quo docidem dos pro- duetos fabricados em Moçambique o dos que serão fabricados om Portugal. Impondo um total controle da vida económica do nosso País, elas aproveitam- -se da máquina governativa para asfixiar a vida económica que se faz se - gundo os seus interesses e não de acordo com os do Povo moçambicano. Er tas companhias controlam uma grande parte do comércio do algodão pagando preços baixíssimos aos agricultores moçambicanos e obrigando a exportação do algodão para Portugal a preços vantajosos para as fábricas que pertencem as mesmas companhias. Depois vendem os tecidos de algodão caríssimos ao Povo de Moçambique. Na base deste sistema la estao os adminis^ tradores e chefes de posto corrompidos e subornados por estas companhias a obrigar o agricultor moçambicano a plantar o algodão. Ora estes agricultores so terão vontade de trabalhar quando as plantações lhes pertencerem e forem os legítimos directores dos seus destinos.
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Title | CENPA-084~07 |
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Full text | A Igreja tal como esta7 concebida hoje em Moçambique tem por fim a formação da consciência popular num espirito de conformismo com o colonialismo . Com este mesmo objectivo uma outra instituição colonialista deve ser estudada a chamada PSÍCO-SOCIAL. A Psico-Social é uma instituição directamente ligada h PIDE. Esta nova criação do colonialismo em Moçambique, é uma perfeita máquina de propaganda colonialista servida por especialistas da técnica de propaganda fascista. Esta técnica consiste em apresentar sob uma forma agradável e facilmente assimilável (cinema, radio, conferencias,etc*) uma série de factos falsos misturados com alguns verdadeiros, de maneira que acaba, por se tornar muito difícil distinguir a verdade da mentira e conseguem-se assim tirar conelusoes erradas, com as quais se pretende tirar o amor do Povo pela sua libertação. A Psice- -Social é dirigida por homons por vezes muito integligentes mas que puseram a sua inteligência ao serviço da maldade e portanto sao ainda mais culpados. 0 colonialismo servesse destas instituições de propaganda para se manter, e elas sao o seu instrumento de opressão psicológica. A Igreja e a Psico-Social são organismos ao serviço dos nossos inimigos. INTERESSES ECONÓMICOS Acabamos de ver, resumidamente, a orgânica do colonialismo português em Moçambique. Vamos agora ver o que está por trás dela, quer dizer, os interesses económicos que se escondem por trás dos opressores directos e determinam o comportamento destes últimos. 0 colonialismo o determinado por interesses económicos. Colonialistas nao sao só aqueles que diariamente nos oprimem, nos torturam e nos humilham. Colonialistas sao também todos aqueles que ligados a interesses económicos sinistros nos exploram economicamente, nos roubam sistematicamente. Aqueles que roubam ao Povo aquilo que é do Povo também são criminosos, também são colonialistas., tambe'm sao inimigos, por muito isfarcados que nos apareçam. São eles os verdadeiros cérebros do colonialismo português. Quais sao esses interesses económicos ligados ao colonialismo português? Vejamos^ em primeiro lugar as grandes companhias portuguesas, cujos proprietários na maior parte dos casos nunca vieram a Moçambique. Entre elas contam-se os grandes empórios comerciais do nosso País. Estas companhias possuem algumas industrias, instalações agrícolas e monopólios de exploração comercial e agrícola. Elas ganham com o comércio de.Moçam bique, pois dominam quase todos os ramos, de tal modo quo docidem dos pro- duetos fabricados em Moçambique o dos que serão fabricados om Portugal. Impondo um total controle da vida económica do nosso País, elas aproveitam- -se da máquina governativa para asfixiar a vida económica que se faz se - gundo os seus interesses e não de acordo com os do Povo moçambicano. Er tas companhias controlam uma grande parte do comércio do algodão pagando preços baixíssimos aos agricultores moçambicanos e obrigando a exportação do algodão para Portugal a preços vantajosos para as fábricas que pertencem as mesmas companhias. Depois vendem os tecidos de algodão caríssimos ao Povo de Moçambique. Na base deste sistema la estao os adminis^ tradores e chefes de posto corrompidos e subornados por estas companhias a obrigar o agricultor moçambicano a plantar o algodão. Ora estes agricultores so terão vontade de trabalhar quando as plantações lhes pertencerem e forem os legítimos directores dos seus destinos. |
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