CENPA-081~03 |
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EDITORIAL LOURENÇO MARQUES» 18- Viajan do num Dabota da Força Aérea, chegou a Lourenço Marques o co-* mandante-chefe da.s forcas armadas da África do Sul, general P»H» Grobbelaar, que vem em visita oficial a Região Militar de Moçambique» Fa.lando aos micrjs fones da R»C»M. salientou que tanto esta visita como a outra realizada em I96O intensificarão ainda mais os laços seculares que unem os portugueses e os sul -africanos» declarando seguidamente: A ideia de que temos um futuro comum no sul da Africa vem desde o tempo em que o*s primeiros exploradpres portugueses marcaran a. costa de Africa com padrões que fomentaram a nossa fe' cristã nesta. pa.rte deste continente» PORTO AMÉLIA, 21- Acompanhado pelo General Caeiro Carrasco esteve hoje em Portu Amélia o comandante-chefe ..das forças arma das da Africa do Sul» NAMPULA, 21- Chegou a esta cidade o comandante-chefe das forças armadas da Africa do Sul, que foi recebido com todas as honra.s ao seu elevado £irgo» TETE, 22« Chegou heje a esta cidade oeroa das IJh» o comandan te-chefe das forças armadas da Africa do Sul» general Grobbelaar» A partida 4c ilustre- visitante está prevista pa.ra quarta-feira, com destine a Vila Cabral» (Diário de Moçambique,19, 21 e 22 de Maio) Quando o comandante-chefe das forcas armadas da Africa do Sul visita oficialmentei asinstalações militares de Moçambique, forçoso d descortinar por detrás dessa,' Visita ' 'vima' òèrtâ "intencionalidade» Ela d evidente: trata-se da concretização do acordo de apoio e as- sistenciat mútua firmado entre Portugal e a Africa do Sul, com vista a manutenção da situação colonial e da dominação branca no sul da Africa. Nós 'sabemos-que, quando-a revolução armada eclodir em Moçambique, o exe'rcito sul-afrioano colooar-se«-à a.o lado do exército português na repressão do nosso Povo, cemo hoje soldados espanhóis lutam lpdc" a'lado ' com-soldados-portugueses na Guine' dita portuguesa. 0 Conselho de Segurança reunir-se«=-à com carácter de urgência e votará una moção "condenando energicamente" a intervenção sul- -africa,na em Moça.mbiqueV Salazar justificar-se-à, alegaâda que, segundo sa. leis internacionais, qualquer Estado pode solicitar o auxilio, de um .outro Estado pa.ra a "ma.nutenção de ordem" dentro das suas. fronteiras; e que, sendo" Mocámtíiqúe uma "Provincia'Portuguesa", nada há de ilegal nessa intervenção. Ou*nao se -dignará asequer responder, desligando^se pura e simplesmente da 0»N«U» como ameaçou ja" fa.ze-lo num discurso pronunciado em jjisboa em 1*5*~^4* E aquela moção perder-se-à entre todas as outras ate' hoje vota.das contra, a politica, de Salazar. Nos sabemos què^lntervençâo da Africa do Sul d certa: porque, assim como existe um yípçulq de mútua solidariedade entre todos os povos oprimidos que lutam pela sua libeida^clè, assim também os paises colonialistas e imperialistas be unem numa* frente unicl contra o inimigo comum: os Movimentos de ^iberuação. E se vimos aqui hoje denuncia.r o pacto colonialista de Salazar e Verwoerd não e pordne'- fenftamoB tjiualqOer ilusão quanto á possibilidade de as nossas acusações póaèrem provocar uma mudança na sua politica» Mas apena.s porque, na fase eia que nos encontramos, imediatamente preliminar da acção áxiaada.t torna-se necessário enumerar e caracterizar em/cada momento os nossos inimigos» Para podermos avaliar, concretamehte a amplitude das forças que teremos de defrontar. Por maiores e mais fortes que elas-sejam, não poderão obstar a nossa Independência: mas e preciio conhece-lasexactamente» para podermos combate-las«
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Title | CENPA-081~03 |
Filename | CENPA-081~03.tiff |
Full text | EDITORIAL LOURENÇO MARQUES» 18- Viajan do num Dabota da Força Aérea, chegou a Lourenço Marques o co-* mandante-chefe da.s forcas armadas da África do Sul, general P»H» Grobbelaar, que vem em visita oficial a Região Militar de Moçambique» Fa.lando aos micrjs fones da R»C»M. salientou que tanto esta visita como a outra realizada em I96O intensificarão ainda mais os laços seculares que unem os portugueses e os sul -africanos» declarando seguidamente: A ideia de que temos um futuro comum no sul da Africa vem desde o tempo em que o*s primeiros exploradpres portugueses marcaran a. costa de Africa com padrões que fomentaram a nossa fe' cristã nesta. pa.rte deste continente» PORTO AMÉLIA, 21- Acompanhado pelo General Caeiro Carrasco esteve hoje em Portu Amélia o comandante-chefe ..das forças arma das da Africa do Sul» NAMPULA, 21- Chegou a esta cidade o comandante-chefe das forças armadas da Africa do Sul, que foi recebido com todas as honra.s ao seu elevado £irgo» TETE, 22« Chegou heje a esta cidade oeroa das IJh» o comandan te-chefe das forças armadas da Africa do Sul» general Grobbelaar» A partida 4c ilustre- visitante está prevista pa.ra quarta-feira, com destine a Vila Cabral» (Diário de Moçambique,19, 21 e 22 de Maio) Quando o comandante-chefe das forcas armadas da Africa do Sul visita oficialmentei asinstalações militares de Moçambique, forçoso d descortinar por detrás dessa,' Visita ' 'vima' òèrtâ "intencionalidade» Ela d evidente: trata-se da concretização do acordo de apoio e as- sistenciat mútua firmado entre Portugal e a Africa do Sul, com vista a manutenção da situação colonial e da dominação branca no sul da Africa. Nós 'sabemos-que, quando-a revolução armada eclodir em Moçambique, o exe'rcito sul-afrioano colooar-se«-à a.o lado do exército português na repressão do nosso Povo, cemo hoje soldados espanhóis lutam lpdc" a'lado ' com-soldados-portugueses na Guine' dita portuguesa. 0 Conselho de Segurança reunir-se«=-à com carácter de urgência e votará una moção "condenando energicamente" a intervenção sul- -africa,na em Moça.mbiqueV Salazar justificar-se-à, alegaâda que, segundo sa. leis internacionais, qualquer Estado pode solicitar o auxilio, de um .outro Estado pa.ra a "ma.nutenção de ordem" dentro das suas. fronteiras; e que, sendo" Mocámtíiqúe uma "Provincia'Portuguesa", nada há de ilegal nessa intervenção. Ou*nao se -dignará asequer responder, desligando^se pura e simplesmente da 0»N«U» como ameaçou ja" fa.ze-lo num discurso pronunciado em jjisboa em 1*5*~^4* E aquela moção perder-se-à entre todas as outras ate' hoje vota.das contra, a politica, de Salazar. Nos sabemos què^lntervençâo da Africa do Sul d certa: porque, assim como existe um yípçulq de mútua solidariedade entre todos os povos oprimidos que lutam pela sua libeida^clè, assim também os paises colonialistas e imperialistas be unem numa* frente unicl contra o inimigo comum: os Movimentos de ^iberuação. E se vimos aqui hoje denuncia.r o pacto colonialista de Salazar e Verwoerd não e pordne'- fenftamoB tjiualqOer ilusão quanto á possibilidade de as nossas acusações póaèrem provocar uma mudança na sua politica» Mas apena.s porque, na fase eia que nos encontramos, imediatamente preliminar da acção áxiaada.t torna-se necessário enumerar e caracterizar em/cada momento os nossos inimigos» Para podermos avaliar, concretamehte a amplitude das forças que teremos de defrontar. Por maiores e mais fortes que elas-sejam, não poderão obstar a nossa Independência: mas e preciio conhece-lasexactamente» para podermos combate-las« |
Archival file | Volume31/CENPA-081~03.tiff |