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Sendo asaiza^nos nao temos outro caminho..senaa-desenvolver-
a nossa luta contra o coloniali-smo português. _
Os exemplos dos outros países irmãos de Africa que hoje sao
Independentes so" podem encorajar-nos mostrando qual é o nosso caminho.
Temos que continuar a luta,sem parar, organizando-nos cada
vez mais e melhor, no seio da FRELIMO.Hoje para cada patriota,para
cada nacionalista so' pode haver um desejos acabar com o colonialismo
português, conquistar a Independência Nacional.
A FRELIMO cumprira' o seu dever: sem desfalecer,ela prosseguirá' a suavmissãb de dirigir a luta do povo moçambicano contra o colonialismo português,de conduzir o povo moçambicano para a Independeu
cia Nacional.
INDEPENDÊNCIA OU MORTE
ASPECTOS_DA^^
I- UM FONCIONARIÇ DA: PECU&RIA USURPA ,ASLpRRAS^DOg^AFRIOAgOg
No mês de Fevereiro de 1963, passou-se na Administração jla
Cirncunscriçao. de Magude,Regedoria de Massebocane,Grupo de Povoação
de Mambyane, uma cena que é  mais uma prova da pressão do branco sobre
o preto.
0 ajudante da Pecuária de Mazimuchope,João Molheiro, para
demonstrar a sua supremacia sobre o negro, mandou expulsar daquela
Povoação,toda a população negra,dizendo que aquele terreno havia sido comprado pela Veterinária em 1937.
A população desesperada, foi manifestar•o seu pesa^ perante
o Administrador daquela Circunscrição. Mas este,nao querendo rebaii.
xar a pessoa do chefe,seu irmão de cor, nao fez caso da questão e
mandou embora aquele povo desgraçado.Este, resolveu então,formar uma
comissão e foi queixar-se à direcção distrital'da Veterinária,sita
na cidade de João Belo.
Apesar de todos os seus protestos,a população ficou sem as
suas terras, desalojada e desamparada. liais um crime de que nao nos
esqueceremos.
Durante a última colheita e venda de arroz na região de
Inhamissa,o roubo continuou.A comissaTo de compra do arroz queria pagar aos agricultores brancos quatro escudos e trinta centavos por Kg;
de arroz e aos agricultores negros, dois escudos e oitenta centavos
por Kg. Os Africanos vexados, formaram uma comissão e protestaram
junto do Administrador. Este,recusando aceitar a reivindicação dos
agricultores, disse:
V/  -Vocês sao falsos,vêm para aqui so' mentirI Ou estão calados.
ou então,já sabem - Prisão I
Assim é o colonialismo português: A exploração e o roubo
aos agricultores africanos.é uma instituição.
III-REPRESSÃÒ NA MUEDA
• 0 companheiro Gaspar" YYADYOKOWEKA chegou à Tanganyka vindo
de Mueda. Teve que fugir joo.rque as autoridades português as, acusando-^ der
ser agitador das populações,haviam lado a ordem de captura' contra ele
e estavam encarregados desta missão os agentes da P.I.D.E: Tomás Pa
nyenye,Jacinto Tomás,Simáo Carlos,Ernesto Paulo e Joâò Vinyambundi.
■ A P.I.D.E. prendeu o irhâb do companheiro Gaspar VYADYOKOWE
KA *e não se sabe ainda qual teria sido a sua sorte.
 Foi preso um grupo de 50 africanos,homens e mulheres.
—-Dois portugueses foram presos em Piuedai por se terem recusado à executar ordens de matar africanos à tiro.21 de louvar a atitude
destes portugueses.
 Continua na prisão o companheiro Alford Arcademo PANDE.
Preso em 9 de Fevereiro de 1962,PANDE até hoje aináa não
foi julgado.Exijamos a sua libertação imediata,assim como a de todos
os nossos companheiros que jazem nas prisões colonialistas em Moçambique .
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