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Continuação
3o.-Portugal está usando a NATO para consolidar os seus próprios interesses-- "Manter um imperialismo económico antiquadoMo
4o.-Portugal ainda goza de '  auxilio de umgrand-e número de
potências ocidentais que parecem interessadas na exploração das fontes naturais e humanas  de A'frica.
5o.-Portugal está disposto a sacrificar o seu povo para defender um sistema  arçaiç o de governo; e
6o.-Os Estados Unidos, GrS-Bretanha e França, estão insistindo ainda em defender o colonialismo portuguéxs, quando
todos de Africa d^idirám    lutar para nossa completa
independência.Ift1
 ooOoo-
A luta pela independência nacional exige de todos os moçambicanos e em particular dos seus dirigentes:
- Respeito da vontade popular
- Espirito de unidade
- Acção colectiva e democrática
- Solidariedade mútua
- Honestidade moral e politica
- Dedicação à luta e espirito de sacrifício.
DO INTERIOR DE MOÇAMBIQUE
 Foi recentemente nomeado, em Lourenço Marques, presidente dos
Serviços de Coordenação e Centralização de Informações * Iven Ferraz
de Freitas,o cirr\oo ex-administrador de Concelho de Lourenço parques, que devassou os mais altos e nobres principios humanitários
quando simultaneamente com esta função de administrador exerceu o
cargo de Juiz do Tribunal Indigena naquele Concelho.
Este individuo,,- valha-nos a memoria  que se nao nos apague
na nossa lembrança-pelo que ele ali fez *., seja julgado publicamente em Tribunal do Povo, logo que a completa independência de Moçambique se realizar,
Aquele organismo d  uma das instituições, há pouco criadas pelo governo facista de Salazar, com o fim especial de preparar as
recepções e o programa das visitas dos politicos ou jornalistas
estrangeiros0 Nâo deixa    contudo, de ser uma das auxiliares da
P.I.D.E., tal como a Psico-social, a Gino-desportiva, etc.
 Encontram-se presentemente em Moçambique cerca de 80.000 soldados, europeus, armados ate' aos dentes e postados ao longo das
fronteiras, a maior parte, especialmente, no Norte do Pais. De tempos a tempos fazem manifestações de força para amedrontar as popu
laçSfes.
 Mais de mil individuos, africanos politicos encontram-se detidos pela P.I.D.E., há mais de 18 meses, sofrendo as mais vis torturas fisicas e morais.
E aguardam em vao a justiça.
 Na, cidade de João Belo, em Junho último, o chefe da Policia
e representante da P.I.D.E., naquela localidade, Sr. Acácio, ao
querer forçar, a chapadas, os prisioneiros Africanos, porque se recusavam a cumprir as suas ordens, foi agredido pelos mesmos, a socos, e esfaqueado numa das bochechas^ ficando gravemente ferido.
Esta foi a primeira manifestação de o'dio aos colonialistas
nas prisões daquela localidade.
Continua