CENPA-055~01 |
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v/ FRENTE_DE_LIBERTA^rO_DE MOÇAMBIQUE (FRELIMO) / -COMBA.TEREMOS_SEM_TR^GUAS_ PELA JL°-AA.A I_N_D_E_P_E_N_D_E_N_C_I_A_ (A propósito do discurso que o Sr. Salazar pronunciou em .12 do Agosto de 1963) * : 0 discurso que o Presidente do Concelho do governo português pronunciou em 12 de Agosto de 1963 diante da Rádio e da Televisão de Lisboa, constitue nem mais nem menos do que a reafirmação global da orientação da política colonial portuguesa prosseguida até hoje. Com efeito, o sr. Salazar voltou a apresentar os argumentos já velhos e segundo os quais: - as colónias portuguesas fazem parte integrante da nação portuguesa.; - os movimentos de libertação nacional sao criações do estrangeiro; - os países africanos fomentam a subversão e . agem contra a vontade-dos povos das colónias portuguesas - os países ocidentais que nao apoiam incondicionalmente Portugal e tomam posiçcTes ambíguas, favorecem o comunismo; - a ONU, ao pronunciar-se contra o colonialismo português, intervám nas questões internas de Portugal. Vemos assim, uma vez mais, que o governo colonial fascista português afirma, sem equívoco, a intenção de manter a sua política colonial intransigente e retrograda. Nao podemos deixar de concluir pois, que*discurso que o ministro português agora fez, num momento em que, tanto no plano nacional, como no plano internacional, a acção contra o colonialismo se encontra consideravelmente desenvolvida, comporta graves consequências nao só para Moçambique, como também para o. mundo. A necessidade da Independência Nacional é para nos moçambicanos, a consequência de uma longa experiência vivida sob o domínio do colonialismo português; é a recusa deixarmos que o .nosso trabalho e as nossas riquezas sejam exploradas em benefício exclusivo dos estrangeiros; d o desejo de sermos livres, com a nossa personalidade a ditar os nossos próprios destinos; é, enfim, a conclusão geral a que chegámos de que o conflito que opõe o povo moçambicano a administração colonial portuguesa, nâo pode ser resolvido senSb com a independência completa da nossa pátria, a Pátria Moçambicana. E o facto é que a conquista da .Independência Nacional, é o caminho que a Historia indicará os povos coloniais. Foi este o -c-a—^ minho seguido por outros povos africanos, d este o caminho que seguem os nossos irmãos de Angola e da Guine dita portuguesa, e este o caminho que está seguindo o povo moçambicano-. Negar hoje, esta realidade, opôr-se a ela, é nao so' ser-Se criminoso mas também ridículo. Esta é no entanto a^posrç-aTò do^sr. Salazar. Seguindo a sua ideia,.este d levado, no^aetí discurso, a protestar contra quási todo o mundo, demonstrando a incapacidade do seu governo de se adaptar as realiilade^" do nosso tempo.
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Title | CENPA-055~01 |
Filename | CENPA-055~01.tiff |
Full text | v/ FRENTE_DE_LIBERTA^rO_DE MOÇAMBIQUE (FRELIMO) / -COMBA.TEREMOS_SEM_TR^GUAS_ PELA JL°-AA.A I_N_D_E_P_E_N_D_E_N_C_I_A_ (A propósito do discurso que o Sr. Salazar pronunciou em .12 do Agosto de 1963) * : 0 discurso que o Presidente do Concelho do governo português pronunciou em 12 de Agosto de 1963 diante da Rádio e da Televisão de Lisboa, constitue nem mais nem menos do que a reafirmação global da orientação da política colonial portuguesa prosseguida até hoje. Com efeito, o sr. Salazar voltou a apresentar os argumentos já velhos e segundo os quais: - as colónias portuguesas fazem parte integrante da nação portuguesa.; - os movimentos de libertação nacional sao criações do estrangeiro; - os países africanos fomentam a subversão e . agem contra a vontade-dos povos das colónias portuguesas - os países ocidentais que nao apoiam incondicionalmente Portugal e tomam posiçcTes ambíguas, favorecem o comunismo; - a ONU, ao pronunciar-se contra o colonialismo português, intervám nas questões internas de Portugal. Vemos assim, uma vez mais, que o governo colonial fascista português afirma, sem equívoco, a intenção de manter a sua política colonial intransigente e retrograda. Nao podemos deixar de concluir pois, que*discurso que o ministro português agora fez, num momento em que, tanto no plano nacional, como no plano internacional, a acção contra o colonialismo se encontra consideravelmente desenvolvida, comporta graves consequências nao só para Moçambique, como também para o. mundo. A necessidade da Independência Nacional é para nos moçambicanos, a consequência de uma longa experiência vivida sob o domínio do colonialismo português; é a recusa deixarmos que o .nosso trabalho e as nossas riquezas sejam exploradas em benefício exclusivo dos estrangeiros; d o desejo de sermos livres, com a nossa personalidade a ditar os nossos próprios destinos; é, enfim, a conclusão geral a que chegámos de que o conflito que opõe o povo moçambicano a administração colonial portuguesa, nâo pode ser resolvido senSb com a independência completa da nossa pátria, a Pátria Moçambicana. E o facto é que a conquista da .Independência Nacional, é o caminho que a Historia indicará os povos coloniais. Foi este o -c-a—^ minho seguido por outros povos africanos, d este o caminho que seguem os nossos irmãos de Angola e da Guine dita portuguesa, e este o caminho que está seguindo o povo moçambicano-. Negar hoje, esta realidade, opôr-se a ela, é nao so' ser-Se criminoso mas também ridículo. Esta é no entanto a^posrç-aTò do^sr. Salazar. Seguindo a sua ideia,.este d levado, no^aetí discurso, a protestar contra quási todo o mundo, demonstrando a incapacidade do seu governo de se adaptar as realiilade^" do nosso tempo. |
Archival file | Volume30/CENPA-055~01.tiff |