CENPA-008~03 |
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L NO' T - t WÍ7È RO 4 -JDOMMGO^I • (Contido da pag* l) DIA lc DE JUNHO (MASSACRE DE MUEDA) Em todas as resistências a ocupapão,as figuras cxe perderam a vida sá& para nos inesquecíveis tais como a do grande MALA- PENDE,que ,anto se bateu numa resistOncia travada en MJIDUMBE a do MATAKA do Oriente do NIA£?A, que deitou por terra o grande Comandante dos portugueses conhecido por Valacím,norae esse,de que foi baptizado o pos~c Administrativo do Valadim em Mataka,o yaauigwane, que se notabilizou em Magud^ .iwamatibwana em Marracuene,Ma~ korabe em 'Tete e outros. Em 1960,c;iaj;ro anos antes do desencadea- 1 mento de 3-uerra,precisamente 16 de Junho | de l°60,oç canos das armas portuguesas, lanhavam i;ma chuva traiçoeiramente de baias a 600 Mopambicancs quando reclama- ? vam os seus direitos na administração de \ MUEDA. ' ] Homens,mulheres e crianpas foram mortos. \ 0 acontecimento e' irecen~s e muitos outros que precederam-no,Muitos dos nossos \ Camaradas tiver.am de ficar desamparados porque os pais,mães e irmãos foram traipo-^ ados numa so' tarde. QUE. glPO DE OPRESJSA^ ? f Esta e mais outras,deram lugar a, saida do País,de muitos Mopambicenos de título f a bu:ca de empregos nos Países vizinhos mas., que nao e de admirar 7e^o espirito ;" de irmandade de todos os Moçambicanos.Em f Tan^nyika,como noutros Paises vizinhos; j nunca, se separaram,sempre conservaram o quc :a de mais sa.grado. Doclinando-nos apenas do acontecido em Mopnbiquo no ano de 19^0,referente ao MAS.ACRE DE MUEDA, quo constituem um due- \ lo,'um pesadelo para todo o Mopambicano, ; par. o Povo consciente da sua determina.pá^l c c ideal a causa Nacional.,que conhece í os 'gus deveres para com a Pátria,abaixo f panamos a sumarizar os pontos forcais i de?"â carnificina. \ Os Topambicanos que trabalhavam em anga- \ njjca.fundaram uma. Sociedade,digo a asso- \ c*arab -tida como tra,ba,lhadores de Mopam- % b.c.:e,a qual tinha por objectivo,dar aju- I cL /-es quc acabam de chegar,os velhos que | ;:. .ião podem trabalhar,a doentes a reali- f ce: cerimonias fúnebres.Sempre a pueocu- í jifio do Mopambicanà,de estar sempre uni- | io r ter para consolidar essa Uniac,seus \ li;:-gentes. Jc^ta Organização ou digo associação?^,o K,C>iriti,Faustino Vanomba e Modesta eram f Ci eleitos Dirigentes da Associação dos í -rabalhadores Moçambicanos cm Tanganyi- 5 l:a. Jomo interpretes das aspirações das § Kaseas trabalhadoras Moca,mbicanas que eramf dcslocaram-se para Cabo-^clgado.O Vanomba,! So^retario da Organização,estabeleceu con-t b%m jTMO DE 1968 'TTa gT" /? 11 tacto com as populações e depois destas, achou imperativo fazer face as autoridades coloniais para exigir em nome destas a independência por vias Parlanontares. Consciente do quc estava a £azcr o conforme os planos previstos avançou para a Administração para falar com Administrador do Mueda quo depois,este fez chegar a noticia ao Tenente Basilio Seguro então Governador de Cabo- elgado residente cm Porto-Amclia '. capital desta Provincia. Isso causou um choque e prcvoçjtou um arrepio as autoridades portuguesas porque nao esperavam tais ideias nem tao pouco o aparecimento de um homem que tivesse coragem de enfrenta-los;um homem que os condena e critica pelo abastecimento de baixos vencimentos aos trabalhadores,o estabelecimento de trabalhos forcados na,s plantações como as d de sisal em Panga onde um homem tinha como recompensa do trabalho mensal a íviportancia de cincoenta (50) escudos devendo ainda, pagar 110 escudos ficando apenas com 190 escudos ao fim de 6 meses. Havia falta de Escolas,falta de controle aos estabelecimentos de comercio,onde o Povo era roubado constantemente.Cada comerciante vendia ou comprava dentro da sua flexibilidade. As estradas eram abertas em obediência aos programas de exploração colonial. 3em nenhum fim que visa o progresso da Nação. Como podemos ver,a estrada que sai de M Mocimboa ate Porto-Amelia a qual tinha como fim,a exploração da madeira assim como outras. Os brancos arrancavam galinhas as populações e todo o tipo de animal domesti- jo como cabritos,porcos,etc. e arrancavam os trabalhos^de Escultura,trabalho quo mundialmente conhecida pelo nome de ESCULTURA MACONDE. 0 Povo nao podo tolerar mais... Uma coisa coisa so quo ja escolheram,e a Independência. Depois de analizar a nonsao,o português,via de que nao era capaz de satisfazer nada então armou uma cilada traiçoeira convidando o Povo sob o pretexto de vir dar a ultixia decisão sobre o dia da Independência que desejavam.On três Dirigentes estiveram presentes em que o Kibiriti,era Presidente, Vanomba,Secretario e Modesta representante das mulheres na Associarão;porque segundo o colono,seriam eles que tomariam os poderes. Esta cerimonia criminosa,teve lugar numa quarta-feira dia 16 de Junho de I96O sob a Presidência do Governador da Provincia de Ca,bo-Delgado Tenente ^asilio Seguro. ao e de admizrar o quão alegre o Povo se encontrava apresentado e foi para a suposta festa com melhor trage conseguido a cus ta de muito suor que tanto regou as plan- , tacões do colono. ^a a Administração,tinha recebido ordem de abrir sepulcros em volta tempo antes da (Continua na pag. 4) /
Object Description
Title | 25 de Setembro, vol. 3, no. 48 (1968 June 16) |
Title (Alternate) | A voz dos militantes revolucionários |
Description | Contents: O que entende pela vigilância? (p. 1); Dìa 16 de Junho massacre de mueda (p. 1); Creio em ti herói (p. 1); Reunião na base de instrução em Cabo Delgado com as forças organizadas e o povo sobre o tema "Haki" (p. 1); Nova fase da luta armada dirigida pela FRELIMO (p. 2); Cultura (p. 5); Creio em ti herói (p. 5); Nao quero morrer de graca (p. 5); Se Moçambicano (p. 5); A revulução honra a seus heroís (p. 6); Discurso proferido pelo camarada Dhakama na base de instrução em Cabo Delgado (p. 7); Lutar até ao fim (p. 7); Comunicados (p. 8). |
Subject (lcsh) |
Nationalism -- Mozambique Self-determination, National Mozambique -- History Portugal -- Politics and government -- 1933-1974 |
Geographic Subject (Country) | Mozambique |
Geographic Subject (Continent) | Africa |
Geographic Coordinates | -18.6696821,35.5273356 |
Coverage date | 1960-06/1968-04-20 |
Creator | Sive, Mario, director |
Publisher (of the Original Version) | Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Órgão de Informação |
Publisher (of the Digital Version) | University of Southern California. Libraries |
Date issued | 1968-06-16 |
Type |
texts images |
Format | 8 p. |
Format (aat) | newsletters |
Language | Portuguese |
Contributing entity | University of Southern California |
Legacy Record ID | chil-m10 |
Part of collection | Emerging Nationalism in Portuguese Africa, 1959-1965 |
Part of subcollection | Mozambique Collection |
Rights | The University of Southern California has licensed the rights to this material from the Aluka initiative of Ithaka Harbors, Inc., a non-profit Delaware corporation whose address is 151 East 61st Street, New York, NY 10021 |
Physical access | Original archive is at the Boeckmann Center for Iberian and Latin American Studies. Send requests to address or e-mail given. Phone (213) 821-2366; fax (213) 740-2343. |
Repository Name | USC Libraries Special Collections |
Repository Address | Doheny Memorial Library, Los Angeles, CA 90089-0189 |
Repository Email | specol@usc.edu |
Filename | CENPA-008 |
Description
Title | CENPA-008~03 |
Filename | CENPA-008~03.tiff |
Full text | L NO' T - t WÍ7È RO 4 -JDOMMGO^I • (Contido da pag* l) DIA lc DE JUNHO (MASSACRE DE MUEDA) Em todas as resistências a ocupapão,as figuras cxe perderam a vida sá& para nos inesquecíveis tais como a do grande MALA- PENDE,que ,anto se bateu numa resistOncia travada en MJIDUMBE a do MATAKA do Oriente do NIA£?A, que deitou por terra o grande Comandante dos portugueses conhecido por Valacím,norae esse,de que foi baptizado o pos~c Administrativo do Valadim em Mataka,o yaauigwane, que se notabilizou em Magud^ .iwamatibwana em Marracuene,Ma~ korabe em 'Tete e outros. Em 1960,c;iaj;ro anos antes do desencadea- 1 mento de 3-uerra,precisamente 16 de Junho | de l°60,oç canos das armas portuguesas, lanhavam i;ma chuva traiçoeiramente de baias a 600 Mopambicancs quando reclama- ? vam os seus direitos na administração de \ MUEDA. ' ] Homens,mulheres e crianpas foram mortos. \ 0 acontecimento e' irecen~s e muitos outros que precederam-no,Muitos dos nossos \ Camaradas tiver.am de ficar desamparados porque os pais,mães e irmãos foram traipo-^ ados numa so' tarde. QUE. glPO DE OPRESJSA^ ? f Esta e mais outras,deram lugar a, saida do País,de muitos Mopambicenos de título f a bu:ca de empregos nos Países vizinhos mas., que nao e de admirar 7e^o espirito ;" de irmandade de todos os Moçambicanos.Em f Tan^nyika,como noutros Paises vizinhos; j nunca, se separaram,sempre conservaram o quc :a de mais sa.grado. Doclinando-nos apenas do acontecido em Mopnbiquo no ano de 19^0,referente ao MAS.ACRE DE MUEDA, quo constituem um due- \ lo,'um pesadelo para todo o Mopambicano, ; par. o Povo consciente da sua determina.pá^l c c ideal a causa Nacional.,que conhece í os 'gus deveres para com a Pátria,abaixo f panamos a sumarizar os pontos forcais i de?"â carnificina. \ Os Topambicanos que trabalhavam em anga- \ njjca.fundaram uma. Sociedade,digo a asso- \ c*arab -tida como tra,ba,lhadores de Mopam- % b.c.:e,a qual tinha por objectivo,dar aju- I cL /-es quc acabam de chegar,os velhos que | ;:. .ião podem trabalhar,a doentes a reali- f ce: cerimonias fúnebres.Sempre a pueocu- í jifio do Mopambicanà,de estar sempre uni- | io r ter para consolidar essa Uniac,seus \ li;:-gentes. Jc^ta Organização ou digo associação?^,o K,C>iriti,Faustino Vanomba e Modesta eram f Ci eleitos Dirigentes da Associação dos í -rabalhadores Moçambicanos cm Tanganyi- 5 l:a. Jomo interpretes das aspirações das § Kaseas trabalhadoras Moca,mbicanas que eramf dcslocaram-se para Cabo-^clgado.O Vanomba,! So^retario da Organização,estabeleceu con-t b%m jTMO DE 1968 'TTa gT" /? 11 tacto com as populações e depois destas, achou imperativo fazer face as autoridades coloniais para exigir em nome destas a independência por vias Parlanontares. Consciente do quc estava a £azcr o conforme os planos previstos avançou para a Administração para falar com Administrador do Mueda quo depois,este fez chegar a noticia ao Tenente Basilio Seguro então Governador de Cabo- elgado residente cm Porto-Amclia '. capital desta Provincia. Isso causou um choque e prcvoçjtou um arrepio as autoridades portuguesas porque nao esperavam tais ideias nem tao pouco o aparecimento de um homem que tivesse coragem de enfrenta-los;um homem que os condena e critica pelo abastecimento de baixos vencimentos aos trabalhadores,o estabelecimento de trabalhos forcados na,s plantações como as d de sisal em Panga onde um homem tinha como recompensa do trabalho mensal a íviportancia de cincoenta (50) escudos devendo ainda, pagar 110 escudos ficando apenas com 190 escudos ao fim de 6 meses. Havia falta de Escolas,falta de controle aos estabelecimentos de comercio,onde o Povo era roubado constantemente.Cada comerciante vendia ou comprava dentro da sua flexibilidade. As estradas eram abertas em obediência aos programas de exploração colonial. 3em nenhum fim que visa o progresso da Nação. Como podemos ver,a estrada que sai de M Mocimboa ate Porto-Amelia a qual tinha como fim,a exploração da madeira assim como outras. Os brancos arrancavam galinhas as populações e todo o tipo de animal domesti- jo como cabritos,porcos,etc. e arrancavam os trabalhos^de Escultura,trabalho quo mundialmente conhecida pelo nome de ESCULTURA MACONDE. 0 Povo nao podo tolerar mais... Uma coisa coisa so quo ja escolheram,e a Independência. Depois de analizar a nonsao,o português,via de que nao era capaz de satisfazer nada então armou uma cilada traiçoeira convidando o Povo sob o pretexto de vir dar a ultixia decisão sobre o dia da Independência que desejavam.On três Dirigentes estiveram presentes em que o Kibiriti,era Presidente, Vanomba,Secretario e Modesta representante das mulheres na Associarão;porque segundo o colono,seriam eles que tomariam os poderes. Esta cerimonia criminosa,teve lugar numa quarta-feira dia 16 de Junho de I96O sob a Presidência do Governador da Provincia de Ca,bo-Delgado Tenente ^asilio Seguro. ao e de admizrar o quão alegre o Povo se encontrava apresentado e foi para a suposta festa com melhor trage conseguido a cus ta de muito suor que tanto regou as plan- , tacões do colono. ^a a Administração,tinha recebido ordem de abrir sepulcros em volta tempo antes da (Continua na pag. 4) / |
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