CENPA-312~02 |
Save page Remove page | Previous | 2 of 3 | Next |
|
small (250x250 max)
medium (500x500 max)
Large (1000x1000 max)
Extra Large
large ( > 500x500)
Full Resolution
All (PDF)
|
This page
All
|
Loading content ...
PORTUGAL DEMOCRÁTICO — 7 4 Moçambique. qua • mal-cst.ir proven ado pelo descon- tmt.imcnto politico esteja criando as coudições apropriadas ao seu apareer mento. "O incêndio vem de fora, náo de dentro", (Salazar, ultimo d:sc>srro». mas. dentro, a acção do Governo faeili ta qoe o inerndio se propague muito ante* de estarem consumadas as determinante-» da fatalidade histórica e impede que se cimentem as raízes profundas de uma presença espiritual, poittica e que faça pe-rmanecer os interesses de Portugal para além de quaisquer situações futuras- t tão somente um estado de insatisfação politica a que existe presentemente na Africa l\>rtugucsa, justamente o nwsuxo fenómeno que se verifica no continente. Sabe-o o Governo, sabe-o a Oposição E o receio dos oposicionistas reside precisamente na transfiguração por quo pode passar um sniplcs estado de insatisfação- Ouando esgotadas as esperanças de que venha a mstituírse uma politica honesta, livre e impulsionadora, quando cansados de aguardar a deroo- cratisação, os próprios brancos nativos s- convençam d?, inutilidade das suas esperanças, sob o signo dum pan-africa- nismo aliciante, então poderá suceder que os sentimentos se transformem num real movimento para a emancipação. Eu» Africa o problema politico tem potencialidades que náo se identificam com o mesmo problema na metrópole e é evidente que a obstinação em governar por métodos superautoritários acabará fomentando uma tendência separatista • Chamar a atenção dos responsáveis governamentais, como 'izeram alguns oposicionistas de Moçambique, entregando a mensagem que se reproduz, constitui alto imperativo patriótico Inúmeros depoimentos pessoais de portugueses angolanos reproduzem a mesma doutri- ca e te» mesmos anseio». 0 que o presente documento quere direr é que muito antes de estar indicado mandar para Africa os Exércitos e a Pide, é necessária uma politica de recuperação da confiança da independência t honestrlade. da administração pública, dr pacificação e livre crítica, de ima mais larga e legítima representação nos órgãos superiores do E-tado, de elevação do nivel de vida e garantias sociais, de »xpansáo da obra. da lingua. da (ultura, d.>s tradições, numa palavra da civilização portuguesa- Essa politer» fVM com políticos honrados e idealistas, náo com tropa e policias1. Sataaaffi porém, é incapaz de o com- preider Está obsecado pelos sortilégios da força bruta, o instrumento que lhe deu 30 anos de poder, e é com esse arpimento que atpCffa. e acredita resolver os seus problemas- Apoiam-no, e claro, os altos monopolistas, os deten'o- res <Jos conselhos de administração e os criminosoi da Pide- Náo o pode apoiar mais ninguém. Ma* aqueles a quem a história v.rá, um dia, a pedir responsabilidades maiores serão os militares, por serem eles o sustentáculo deste regime de ludíbrios e mistificações- Desde já. a oposição democrática, na metrópole e no ultramar, denuncia o novo jogo do Governo, responsabilizando todos os seus colaboradores pelos erros cometidos, que vio. afinal, continuar 3 comet er-se- NAO RA PRESENTEMENTE NA AFRÍ- CA PORTUGUESA TENDÊNCIAS SEPARATISTAS- HA UM DESCONTENTAMENTO POLITICO IDÊNTICO AO DA METRÓPOLE E DISSO Ê PROVA A VITÓRIA DO GENERAL HUMBERTO DELGADO NAQUELAS PROVÍNCIAS, DE QUE TODOS TEM v PERFEITO CONHECIMENTO- / O NATAL DO PR£SO POLÍTICO PORTUGUÊS *•-> • t nu vei ainda Sala/ar obriga Ba Portauraeset do Br&all a pro. moverem o Natal do preso politico, o on. a mais ■ece«kárlo &» que rala aa«, pol* o ditador tem atulhadas aa «uai prlaòes. viaia do <iue um ato politico, aualllar as qae sofrem au masmorra* taaiiMai e un> devt-r de ••ulidarledade, para o qual rhimi. moa. io.l-le„temealr. a atrne.ii» tie tudo* o* Portuguears, qurr rr- vidralev rm l>ortugal, qaer aa Bravli oa noutros pa|sea. Com efeito. atravet de "Portugal D»-_ o.<h ratico", avrocararemna reanlr e eavtar à Pátria encarcerada e «.rlnri.it todoa <>» iubvidlna que . In L- irem à aowa redaçio, a exempts, all&a, í.. que sr fez Ja n..inn. opa,r«ualdades. A» lEora, reerbemoa em notva redaçáu aa segulatea contribuições: Cr» Puriagal DemocriUeo l.*M Oatra Krpubllraao Pwr- luru, 1 l t omite doa Latrlectoata • Artiatai Portugueaea Prô- Llberdade d« KiL.rr.iio l.tot «.eneral Humberto Lrlgado 3S0 Liberto CovU Lr Ura 1 OOf Marlabelro Jr l.ftVO Carioi de Brito 1M Joaé Panela 2<W Joid da Roas 2*0 Maauel P. Ho.n JO0 Joaqaiaa O. K. Matias IM Maauel ft Uva IM !<*%é Lais IM Pedro Oomoo IM AaOBimo ,.».... 54 A noa.mo IM lo%i Dioaisio de caitro Cr| I'm paullata IM Joio Amaral da roaiee» .. IM I'm estiado -.. IM Ima vitima da ditadura portuiaets • J. V IM la luao-braallelre IM MarU Aagéllc* da Cunha :oo Filiado da MIO 2M Aufuafo Gomes IM Menlaa Alie* de farra lho IM Joaé da Silva IM Doraey Aarular IM Joio Alvea das aWNfe ... 23o Bv-Prrivioalata do Aljube S J7t Marqur* de Pombal IM Alamlro Aadrade KM Comlie Democrático Por- tueuéVs do «-ar.adá I tx» E>-ko<pede da Porto do Caxias 5M K. A. G IM farto* Crui 500 Ro«a vioara Cruz 2o» Joio Maria Aaauncio 300 Anton I» A Pbm-oíI SOo Jové \»t:. «o Vlefas .... 200 Const.vniino F«»n-era .... ?po Mlcuel l.opea 300 Joaquim Saraiva 300 Aatt.alo Nunes «OS Jniqulm D Bails'a BI Francisco d'Ollvelra 200 Ramiro da Silva Pinto .... 200 II uy Silva S00 Feraando I.emoa 200 Henrique Santo 2M tern..do C. Silva 200 Joaquiaa I.eiaos Fleaelredo 5M Sérrlo Nunea da Silva .. l.aM Salazar-o "rato" Em vi iode do êxito qae vém obtendo Junto doa novvoi leitores do Mundo mieiro, aa caricatura* de Sala/ar. o "rato", que eatamoi fiablirando a todos Informamoi que vai ver editada muito em breve uma •plaquete" qae reunt- *tà vela devaate A.lraíuraa. Ueede Já, aceltam-J* pedidoa aa AdmiaUtravio de I'ortui;al Democrático, (Rua. fonvelhelro Furtado. 191 — Sala 2 — Caixa Poktal 5294 — Sio Paulo — Braall). Para eat« ediçio, rhamamoi a espe- etal atentio dot BoVaoS |e,torea do Caaadá, Venezuela, Arcentlna, França c Brasil, aoteclpadament* ajrade endo ao* repreaentante* do n»uo jornal qae vio preparam- do os sea* pedidoa. ie Cuba, constava: o Vstictno era imtaJo Pelo Fottrht ie Ssnts Comba, p<Tê que o amaJo Bispo do Porto jósif sfaitaJo dg sus Diocese. O Srntyor D. Antonio Ferreira Gomes tern transferido para u.na Sé Titu- Ur e colocado, na Bihliotrca Vatica- na, ate ao próximo Contílio. A Igreja, a terificar-se esta exen- tuil transferencia, será d es prés tilada, porqu* até um dot seus titulam i reduzido * escravo de Salazar. A não ser que tfjê excomungado... maa..^ -.-> —■-■oao- PATRIOTADAS & COMÉRCIOS l,m sujeito esperto "produx" numa das emissoras de televisão paulista um programa a que rh.ima "Portugal no Mundo". N.ida teríamos que objectar, ainda que o programa se revelasse paupérrimo, se no me«mo. que tão frequentemente ataca e Insulta a República e os Democratas Portugueses, não se es- eutassr, a ;ibrir e a encerrar, o Hino Nacional. . Todos sabem, inclusive o Cônsul de Porf.i^..! em São Paulo, que "A Português.!" n.td.i tem I ver com iubliti<l.ide o.merei.il. nem com os desejos (lícitos) de quilquer portugueses que pretende que g.inhir a vida Mn n.lo indultem tão grosscirjniei.'e o Hino de Portugal! — -■- ■ ..aaja «CENTRO Kl 1THLICAN0 POUTK.il:.>. Instituição «J»» •J*j0 '""^ de meio sé-ui... paia 1-" í»'-nJo na llrutí, o Centro KepnbUuiiio Português, cuja ue;;io eulturnl l«tn .ido <le>ta- u<li.-~iiii.i • Bi '"•''' "•*****, acaba de pn.ee c-leK-H ce)rjx>s Conselho Deliberativo ío- uewbr*» efe- 'Irvj aVJrca da ":"o Augusto '".lés, António ê'ii«to Oliveira '•' da Cruz, •'unior, Dário irvalho, Eva- :t>, Francisco raneiaeu Sar- Para i ram raeaJliidtMt, com-, tivos, um I-. Ahoai Koe-I.a 1'iiMlire. Ahl Taveira, A»t«*i*i Feri. J«>rj;c «ic Friita-, An Dixe Carlos H. Vai. Cdeatina de Alm*?Wa da Silva Marques dei risto Pereira de An^ de Olivein 1. |^. 1 mento Pimentel, João Ab<-1 Martins, João Alv«'s da, N«'v.- JJojjo j,,, San- toc BadejaSo, .'"ao > ::nento Pimentel, Jo/juiin Dunn. lUptiata, Joaquim da Silva M.'ir.j ., Jorj:.- Fi.k- lino de Figueiredo, Jorf^e Pizarro, Jo-é 0orN|alve5 Pnrutuilo, José Mário da Silva Bodas, Jom K<>'lriçues Fernaii.les P.TU-l.i. .|,,„. de ]{((Sa.( Manuel KairrlaTC itermalK», Manuel Felíeio Duarte. Manuel Ferreira de .Moura. Siba-,:.,., Ant-.tiio P.ap- tistn, Silvério d.i Co.sta L«'ttra e Victor da Silva Rosado. — Sn- plcnter.: - D<.m'•„•.,. António Iinp- tist*. loaquim Antóiii.. Raptista, Rui Kli-eii Tavar-, Adelino A"f,'u>tQ Viahas, António Andrade Hidarra da Fonseca. AM-.nio Uibafl. Jo-^é Carvalho Duarte Haptinta, António Paula. António Rieea Gonçalvea e Carlos Au^u.-.to Ntm imento. Posteriormente, jmra a Meu* do Conselho, a aaarabMt fatal tlagati os «*rs. Joaquin. Duarte Baptista, jiresidente; Antór.1,1 Jor^e de Freitas, l.o secretin 1 o Manuel Barreiros Germano. 2.0 -eeretário. I-^inalmente, a Dircttoria ficou constituída como sefnaa: Pn^idente, laia Sarmento Pimentel ; Vice-Presidcnte, João Alves das Neves, l.o Seere'irio, José Oonçal- vrfi Parat-ido; 2< Secretário, José R. Fernaii'le^ P> rtela; Teanomf», Silvério da Co-t.i Letra; Bibliotecário. Jo^é da Ro.a; Diretor Cultural, João d«v* SanUi- Bafrisifl e Diretor Socínl. António AiUTaWto Taveira. Aos novo, ori-r.tadnres do Centro Republicano Portiffuês ofer.-ce este jorns! n< <-ia> nlun.is. e-p<rando que ■ pn- tmio«j eoletividale po^a continuar. er>m. ' n.pre. a prestigiar a Culfnr.T Portu: icsa na tern Bandeirante. AOS INTELECTUAIS PORTUGUESES Porturjl Democrático, único órgJo náo censur.ulo dj (^prHição 2 Salazar, abre a todos o* r irtuçuocs as suas colunai, chamando especialmente a atenção dos tvrfoaves, jornalistas, professore*, cientí r.i*. etc. a fim ae lhes indicar que será tom a maior satisfação que puhli;iremos 0% seus trabalhos sóhrc o Povtiça! de hoje — e o de amanhã. A todos, sem opção por qualquer corrente de idéiav oferecemos frater- naJmcntc as nossis colunas, bastando que nos enviem es seus originais com a indicação de qu a colaboração deve jer assinada 01 publicada anonimamente. O GAL. DELGADO NA EUROPA Partiu para 3 Inglaterra, no passado dia 19 dc novembro. 0 sr. General HuTiberto Delgado que, a sua chegada a Londres, foi recebido por diversos portugueses. Como se sabe, o General Delido foi convidado pelo Partij,, Trabalhista e pelo Partido Liberal britânicos a pronunciar-se sobre a situação política em Portugal. Depois da Inglaterra, visitara" outros países europeus também a convite de partidos socialistas. A viagem do sr Gencra| Humberto Delgado foi preparada por um grupo de portugueses residentes em Londres o qual, desde hi mu;to csfa' belccera os necessários' con factos através de alguns dos nossos companheiros AQ npp ?U(í;[^?ÍT^ cio Comité án lntlrr-ÍIJ1JS p Ar tistas rVtugueSes Pró-L.brr- dodr. rte Evpressão e do Ccn . tro Republicano PortUQu."s dc Sic Paulo.. FALAM OS ESTUDANTES PORTUGUESES De "Um Democrata" que, obviamente, não $Jcnli)naremos, </»'i{«- nos um apelo dos estudantes de Portu. gal amordaçados pela tirania salazarista, para o qual chamamos a atenção não só dos democratas portugueses do Brasil, mas, sobretudo, dos es- tudantes do Brasil. Escreveu "Um Democrata": "Ao levantar este protesto contra a onda dc pri>.ócs dc estudantes por- tugueses, quero transmitir, atrases dc Portugal Democrático, aos estudantes do Uracil e do Mundo Livre, aos exilados de todas as tendências políticas o aos homens dc p.iisamcnto liberal, um pedido dc socorro, que é, neste momento, o apelo do* estudantes de Portugal. Às vésperas do 70.* aniversário do ditador fascista, que devia, rir a Coimbra dar 2 sua última aula, apareceram nas ruas, e notadamente na Cidade Universitária, grandes letreiros gritando: "Vai-te embora, tirano!", "Fora Salazar!"; "Abaixo a ditadura", etc. No pedestal da estátua do rei João III que, como Salazar, estabeleceu a Inquisição entre os portugueses, lia-se: "Tu não és o que eles dizem: és o Inquisidor!" A "gestapo", comandada em Coimbra pelo feroz cap. Sachettti, querendo desagravar o seu "dono", buscou por toda a cidade as mãos que haviam pintado as paredes, "encontrando-as" nos estudantes Jorge Araújo, António Barbosa da Silva e Vilar, 09 quais passaram a expiar o "crime" do pintor ou pintores que tão expressivamente disseram toda a rua repulsa por Salazar. Conduzidos aos antros da PII>K, nestes tem sofrido as mais violentas torturas e os piores vexames. Náo obstante o encarceramento das vítimas, os protestos cresceram com a realização de duas concorridissimas reuniões da Academia de Coimbra, na sede- da "AAC". Os panfletos voltaram a circular pela cidade, sendo preso, então, o mais jovem dos distri- buiJores. Joaquim Piedade Craveiro, de. 6 (seis) anos dc idade! A população mostrou-sc tão indignada pela prisão do menor que a famigerada polícia secreta r«.-?giu... prendendo rruis dois estudantes, Manuel Cassiano da Costa Cabral e Victor Aníbal (ambos foram soltos, porem, pouco depois). Entretanto, passaram cinco metes... Os três estudantes continaam encarcerados, sendo, a cada passo, espancados, pois o cap. Sachctti quer descobrir ainda nos presos os indícios da tinta democrática. Inúmeros protestos se fizeram, pelo que a PIDE encontrou mais os seguinte» 'agitadores" : José Cibarro Maia, sua prima Isabel Cibarro Maia, Jos*Ç Bento « Fernando Miguel Bernardes. Simultaneamente, tanto no Porto como cm Lisboa a "gestapo* prossegue na "caça" aos estudantes, com o propósito evidente de atemorizar pela violência a Juventude Portuguesa. A bem da Verdade, deve acentuar-se qua os jovens de Portugal não querem recuar e continuarão lutando! Aproveitamos as colunas livres de Portugal Democrático para transmitir aos estudante» do Brasil o brado de socorro dos seus irmãos de Portugal: ajudem-nos! Protestem contra Salazar e contra o seu nazista ministro do Interior, Arnaldo Schultrf Gritem contra as prisões de estudante» portugueses, cujo único pecado é o da amarem a sua Pátria e a ambicionarem Livre e Democrática! A fim de atender a entrenaa de pedidos que, de toda a parte, continuam chegando à Administração de "PORTUGAL DEMOCRÁTICO", este jornal fex editar, em separata, a discutida "Carta" que Sua Exa- Rct-ma, o Bispo do Porto endereçou, há meses, a Salazar. Com efeito, o número da "Portugal Democrático'* em ene foi inserida aquela "Carta" en- contra-se esgotado. Dxtcm, pois, os democratas portugueses que desejem guardar — e divulgar — o importante documento, solicitá-lo, desde já, â Administração de "Portugal Democrático", Rua Conselheiro Furtado, 191, sala 2 — Caixa Postal 5294 — São Paulo — Brasil. • %0Í ' 'W\ - K*»tV«%»O0r.»tJ<»0 '■ * riB>a^Wa>.A»a?aOaa tmtá'0» a , .;» v..' .v. „,%,.«.,:.■,,■ Jii^arh~/¥4Â.piÇii iKvc ser posto <i renda, dentro de poucos dias, o anunciado Urro da escritora Maria Arrhrr, nossa prezada colaboudora, sobre "OS ÚLTIMOS DIAS DO FASCISMO rOHl l (A F.S", dc que rcproiluzimos (clirdè) a capa. O custo i l.t% 2001N1 (encadernado .'sOf/.OO) podendo ser adquirido nas principais liirnrias Ido de Janeiro, assim como na Administração de "Portugal Democrático" (Rua Conselheiro Furtmlo l'*l, Sala f — Caixa Postal 5294 — São Paulo — Brasil). de São Paulo c do Rio de Janeiro, assim como na Administração de Portugal Democrático" (Rua Conselheiro Furtado. 191, Sola 2 — Cat*a Postal 5294 - São Paulo — Brasil) — 011 na nossa Sucursal no Rio de Janeira. —*—
Object Description
Description
Title | CENPA-312~02 |
Filename | CENPA-312~02.tiff |
Full text |
PORTUGAL DEMOCRÁTICO
— 7
4
Moçambique.
qua • mal-cst.ir proven ado pelo descon-
tmt.imcnto politico esteja criando as
coudições apropriadas ao seu apareer
mento. "O incêndio vem de fora, náo
de dentro", (Salazar, ultimo d:sc>srro».
mas. dentro, a acção do Governo faeili
ta qoe o inerndio se propague muito ante* de estarem consumadas as determinante-» da fatalidade histórica e impede
que se cimentem as raízes profundas de
uma presença espiritual, poittica e que
faça pe-rmanecer os interesses de Portugal para além de quaisquer situações
futuras-
t tão somente um estado de insatisfação politica a que existe presentemente na Africa l\>rtugucsa, justamente o
nwsuxo fenómeno que se verifica no continente.
Sabe-o o Governo, sabe-o a Oposição E o receio dos oposicionistas reside precisamente na transfiguração por
quo pode passar um sniplcs estado de
insatisfação- Ouando esgotadas as esperanças de que venha a mstituírse uma
politica honesta, livre e impulsionadora,
quando cansados de aguardar a deroo-
cratisação, os próprios brancos nativos
s- convençam d?, inutilidade das suas esperanças, sob o signo dum pan-africa-
nismo aliciante, então poderá suceder
que os sentimentos se transformem num
real movimento para a emancipação.
Eu» Africa o problema politico tem potencialidades que náo se identificam com
o mesmo problema na metrópole e é evidente que a obstinação em governar por
métodos superautoritários acabará fomentando uma tendência separatista •
Chamar a atenção dos responsáveis
governamentais, como 'izeram alguns
oposicionistas de Moçambique, entregando a mensagem que se reproduz, constitui alto imperativo patriótico Inúmeros
depoimentos pessoais de portugueses angolanos reproduzem a mesma doutri-
ca e te» mesmos anseio».
0 que o presente documento quere
direr é que muito antes de estar indicado mandar para Africa os Exércitos e a
Pide, é necessária uma politica de recuperação da confiança da independência t honestrlade. da administração pública, dr pacificação e livre crítica, de
ima mais larga e legítima representação nos órgãos superiores do E-tado, de
elevação do nivel de vida e garantias sociais, de »xpansáo da obra. da lingua.
da (ultura, d.>s tradições, numa palavra
da civilização portuguesa-
Essa politer» fVM com políticos honrados e idealistas, náo com tropa e policias1.
Sataaaffi porém, é incapaz de o com-
preider Está obsecado pelos sortilégios da força bruta, o instrumento que
lhe deu 30 anos de poder, e é com esse arpimento que atpCffa. e acredita resolver os seus problemas- Apoiam-no, e
claro, os altos monopolistas, os deten'o-
res |
Archival file | Volume27/CENPA-312~02.tiff |