CENPA-006~06 |
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-5- CONZ CO N erencia dj OUGtEIRA. L estr. CSBOAj 8 - j.hgeiros, PR 2NSA DO MINISTRO' DCS ESTRANGEIROS DR. FRAN- • O minist.ro dos dr. Franco Nogueira, concedeu ontem a sua habitual conferencia com a im prensa nacional e estrangeira, Antes de iniciar o período de perguntas e respostas, Franco Nogueira, leu a seguinte decla ração : "Nao sao escassos nem pouco importantes, os factos da vida internacional produzidos depois do nosso ultimo encontro e muitos assumem para nós um interesse directo que justifica a atenção que lhes dediquemos. Para referir e coin e nt ar os de m ai o r c ul c o, a- doptarei o critério cronológico, aue nos conduzirá do "Oomote dos 24", nas Nações Unidas, ate á recente reunião de Cairo. Todos estafemos recordados que o Comité dos 24", também conhecido pelo "Comité Especial de Descolonização" tem por mandato supervisar a aplicação aos territórios que a maioria das Nações unidas considera nao autónomos, das resoluções pertinentes da assembleia e isso leva o te" a ocupar-se de ilhas como Malta ou de cidades como Aden ou de fortalezas como Gi tar, e sáo por vezes violentos os debates no seio do "Co mité e a sua tendência e o sen tido de considerar explosiv s"~ e perturbadoras da paz todas as situações que nao agradam a sua maioria, mas est,s acusações de periculosidade politica e de ameaça a segurança internacional, à força de repetidas sem fundamento, en- contram-se tao despretigiadas e soam tao falso que ja se lhes nao atribui qualquer peso new causam qualquer imprea sao e isto também dentro das Nações Unidas como fora destas, oi neste espírito que deveremos considerar já como quadro rotineiro e ultrapassado que o"Comité" se ocupou, . á semanas, das províncias ultramarinas portuguesas. Dedicou a estas três curtas ses soes, alias reduzidas a duas'' por escassez de oradores, e aprovou depois a sua resolução anual nos termos a que estamos há muito, habituados* IvTáo foi dito nas sessões do "Comité11, por parto da maioria, que nao houvesse já sido repetido ate a saciedade e nao obstante aos esforços feitos, nao pode ser aduzida materia nova que servisse de pretexto a novas acusações. Salientaram somente o discurso do delegado da Dinamarca, país eficientemente nosso amigo e nosso ali- d- J'EFTA" e no ■•Pacto do An- tlântico" e que declarou que o seu governo discordava e- nérgicamente da política ultramarina portuguesa. Não sabemos ainda como se manifestara aquela discordância, nem quanta energia sera' posta na sua expressão; entretanto quero aproveitar esta oportunidade simplesmente para lembrar que quando ha' poucos anos se tratou da Groenlândia,Ana O.N.U., o governo dinamarquês defendia na altura uma^interpreta- çao da carta que é,precisamente idêntica a que Portugal hoje sustenta pelo que, em face da ene'rgica atitude dinamarquesa agora revelada, caberá perguntar o motivo porque o governo de Copenhague nao julga aplicável as províncias ultramarinas portuguesas o mesmo critério que considerou excelente para a Groenlândia e isto e/ importante porque a luz dos princápios a quedem matéria de territories não autónomos o governo dinamarquês pretende hoje submeter Portugal^ teremos de considerar como não resolvida, e portanto destinada a ser reaberta, a questão da Groenlândia. Presumo ^que o governo dinamarquês será o primeiro a querer faze-lo e trazer de novo a Groenlândia a O.N.U., para evitar dar a impressão de que se arroga privilégio especial ou de que^se aproveitar de uma prescrição que nao consente a Portugal e deseja ainda lembrar ser a Dinamarca o país que generosamente proclamou, em tempos, que cada nação industrializada e desenvolvida deveria adoptar uma nação subdesenvolvida e toma-la a sua,conta. A uma adopção deste género chama-se colonialismo em linguagem clara. Muito mais importante do que as sessões e dos debates do "Cjd mité dos 24" todavia foi a "Con ferencia Internacional de Educação", reunida em Genebra. Dos factos ocorridos e do espectáculo deplorável que ali se desenrolou, ja a imprensa,
Object Description
Title | Revista de imprensa, vol. 1, no. 4, [1964] |
Description | Contents: Angola (p. 1); Guiné: Salazar mata Protugueses (p. 1); Militares mortos na Guiné e Angola (p. 1); Only arms can free our people says FRELIMO (p. 2); Encontra - se na beira o ministro da defesa da Rodésia do sul (p. 2); 3 die in air crash (p. 2); Boletim informativo das forças armadas portuguesas em Angola (p. 3); Soldado morto em combate (p. 3); 11 militares mortos (p. 3); Soldado morto na Guiné (p. 3); Moçambique na "National geographic magazine" (p. 4); Pista metálica oferecida a base número 10 (p. 4); Conferencia de imprensa do ministro dos estrangeiros Dr. Franco Nougueira (p. 5); Posto da pide em Nacala (p. 6); Mozambique said schemes one-sided (p. 6); Assalto e fogo posto numa propriedade próximo de Nampula (p. 7); Três firmas locais aumentaram o seu capital (p. 7); Concessão florestal de 10000 hectares em Manica e Sofala (p. 7); Relações com Portugal (p. 7); Uma embaixada do Malawi na Beira (p. 7); E necessário não confundir os problemas da África Portuguesa com os da África Central (p. 8); Salazar receberá Ian Smith -- confirma -- se em Salisbúria (p. 8); Verwoerd propòs a criação de um mercado comum da África Austral onde entre outros, teriam lugar Angola e Moçambique (p. 8); Considerações sobre o plano de Verwoerd (p. 8); Estação Anglo-Americana no Oceano Indico (p. 9); O capitão Munoz Grande manifestou a sua admiração por Moçambique ao Chegar a Lisboa (p. 9); Mais jornalistas alemães em Moçambique (p. 9). |
Subject (lcsh) |
Nationalism -- Mozambique Self-determination, National Mozambique -- History Portugal -- Politics and government -- 1933-1974 |
Geographic Subject (Country) | Mozambique |
Geographic Subject (Continent) | Africa |
Geographic Coordinates | -18.6696821,35.5273356 |
Coverage date | 1964-05/1964-09-08 |
Creator | Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Departamento de Informação e Propaganda |
Publisher (of the Original Version) | Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Departamento de Informação de Propaganda |
Place of Publication (of the Origianal Version) | 201, Arab Street, Dar-Es-Salaam, Tanganyika |
Publisher (of the Digital Version) | University of Southern California. Libraries |
Date issued | ca. 1964 |
Type |
texts images |
Format | 10 p. |
Format (aat) | newsletters |
Language |
English Portuguese |
Contributing entity | University of Southern California |
Legacy Record ID | chil-m8 |
Part of collection | Emerging Nationalism in Portuguese Africa, 1959-1965 |
Part of subcollection | Mozambique Collection |
Rights | The University of Southern California has licensed the rights to this material from the Aluka initiative of Ithaka Harbors, Inc., a non-profit Delaware corporation whose address is 151 East 61st Street, New York, NY 10021 |
Physical access | Original archive is at the Boeckmann Center for Iberian and Latin American Studies. Send requests to address or e-mail given. Phone (213) 821-2366; fax (213) 740-2343. |
Repository Name | USC Libraries Special Collections |
Repository Address | Doheny Memorial Library, Los Angeles, CA 90089-0189 |
Repository Email | specol@usc.edu |
Filename | CENPA-006 |
Description
Title | CENPA-006~06 |
Filename | CENPA-006~06.tiff |
Full text | -5- CONZ CO N erencia dj OUGtEIRA. L estr. CSBOAj 8 - j.hgeiros, PR 2NSA DO MINISTRO' DCS ESTRANGEIROS DR. FRAN- • O minist.ro dos dr. Franco Nogueira, concedeu ontem a sua habitual conferencia com a im prensa nacional e estrangeira, Antes de iniciar o período de perguntas e respostas, Franco Nogueira, leu a seguinte decla ração : "Nao sao escassos nem pouco importantes, os factos da vida internacional produzidos depois do nosso ultimo encontro e muitos assumem para nós um interesse directo que justifica a atenção que lhes dediquemos. Para referir e coin e nt ar os de m ai o r c ul c o, a- doptarei o critério cronológico, aue nos conduzirá do "Oomote dos 24", nas Nações Unidas, ate á recente reunião de Cairo. Todos estafemos recordados que o Comité dos 24", também conhecido pelo "Comité Especial de Descolonização" tem por mandato supervisar a aplicação aos territórios que a maioria das Nações unidas considera nao autónomos, das resoluções pertinentes da assembleia e isso leva o te" a ocupar-se de ilhas como Malta ou de cidades como Aden ou de fortalezas como Gi tar, e sáo por vezes violentos os debates no seio do "Co mité e a sua tendência e o sen tido de considerar explosiv s"~ e perturbadoras da paz todas as situações que nao agradam a sua maioria, mas est,s acusações de periculosidade politica e de ameaça a segurança internacional, à força de repetidas sem fundamento, en- contram-se tao despretigiadas e soam tao falso que ja se lhes nao atribui qualquer peso new causam qualquer imprea sao e isto também dentro das Nações Unidas como fora destas, oi neste espírito que deveremos considerar já como quadro rotineiro e ultrapassado que o"Comité" se ocupou, . á semanas, das províncias ultramarinas portuguesas. Dedicou a estas três curtas ses soes, alias reduzidas a duas'' por escassez de oradores, e aprovou depois a sua resolução anual nos termos a que estamos há muito, habituados* IvTáo foi dito nas sessões do "Comité11, por parto da maioria, que nao houvesse já sido repetido ate a saciedade e nao obstante aos esforços feitos, nao pode ser aduzida materia nova que servisse de pretexto a novas acusações. Salientaram somente o discurso do delegado da Dinamarca, país eficientemente nosso amigo e nosso ali- d- J'EFTA" e no ■•Pacto do An- tlântico" e que declarou que o seu governo discordava e- nérgicamente da política ultramarina portuguesa. Não sabemos ainda como se manifestara aquela discordância, nem quanta energia sera' posta na sua expressão; entretanto quero aproveitar esta oportunidade simplesmente para lembrar que quando ha' poucos anos se tratou da Groenlândia,Ana O.N.U., o governo dinamarquês defendia na altura uma^interpreta- çao da carta que é,precisamente idêntica a que Portugal hoje sustenta pelo que, em face da ene'rgica atitude dinamarquesa agora revelada, caberá perguntar o motivo porque o governo de Copenhague nao julga aplicável as províncias ultramarinas portuguesas o mesmo critério que considerou excelente para a Groenlândia e isto e/ importante porque a luz dos princápios a quedem matéria de territories não autónomos o governo dinamarquês pretende hoje submeter Portugal^ teremos de considerar como não resolvida, e portanto destinada a ser reaberta, a questão da Groenlândia. Presumo ^que o governo dinamarquês será o primeiro a querer faze-lo e trazer de novo a Groenlândia a O.N.U., para evitar dar a impressão de que se arroga privilégio especial ou de que^se aproveitar de uma prescrição que nao consente a Portugal e deseja ainda lembrar ser a Dinamarca o país que generosamente proclamou, em tempos, que cada nação industrializada e desenvolvida deveria adoptar uma nação subdesenvolvida e toma-la a sua,conta. A uma adopção deste género chama-se colonialismo em linguagem clara. Muito mais importante do que as sessões e dos debates do "Cjd mité dos 24" todavia foi a "Con ferencia Internacional de Educação", reunida em Genebra. Dos factos ocorridos e do espectáculo deplorável que ali se desenrolou, ja a imprensa, |
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